quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Expectativas sobre Bebês - Parte 2 Alimentação e Independência

Na primeira parte desse artigo, eu tratei das expectativas físicas e de sono e como elas podem muitas vezes atrapalhar sua criança, e que o estresse dessas expectativas pode atrapalhar a unidade familiar e sua relação com a criança. Na segunda parte, eu quero falar sobre dois outros tipos de expectativas que podem levar a efeitos danosos para a família – expectativas de alimentação e de independência.

Expectativas de alimentação


Assim como as expectativas físicas, essas começam logo após o nascimento e se estendem ao longo do primeiro ano e além. No começo, você encontra o debate a respeito de alimentar em livre demanda ou seguindo horários, e se deve oferecer leite materno ou fórmulas para bebês. Infelizmente, por causa da influência maciça das companhias que produzem fórmulas e o conselhos dos assim chamados "especialistas", muitos pais acabam usando fórmulas infantis quando não seria necessário, ou amamentando o bebê em um esquema de horários, por acreditar que é o melhor para a criança. Os pais esperam que a) o uso da fórmula vai ser tão bom e fácil quanto amamentar, e b) que as crianças são melhores servidas se tiverem a alimentação em horários regulares. Então, quais os problemas dessas expectativas?


A respeito da fórmula, é sabido que produz resultados inferiores ao normal (porque sim, amamentar é e deve ser considerado "normal", e assim as os argumentos associados à amamentação não deveria ser nem sobre especial ou ótimo, mas simplesmente "normal") e deveria ser utilizado apenas em casos extremamente necessários. (Apesar de pessoalmente eu ainda preferir ver um grande desenvolvimento e uso dos bancos de leite humanos).

Quais são esses resultados inferiores-ao-normal? Níveis de inteligência mais baixos na criança [1][2] (lembre-se que essas comparações não são entre duas crianças, mas sim entre a mesma criança alimentada de duas formas diferentes), maiores riscos de infecções e doenças [3], maior risco de obesidade no futuro[4], e maior risco de morte[5]. As fórmulas não estão associadas apenas a essas conseqüências, mas também são mais caras para as famílias, ruins para o meio-ambiente, e mais difíceis de lidar do que com a amamentação. Para completar, existe um imenso benefício para a saúde da mãe – a duração da amamentação está associada com a redução do risco de câncer de mama de tal forma que quanto mais tempo ela durar, menores os riscos da mulher desenvolver essa doença.[6][7].

Isso não significa que não seja uma grande invenção para famílias que precisam dela na sociedade onde dividir o leite tem se tornado mais difícil e bancos de leite não têm estoques para ajudar a todos, mas necessidade é uma palavra forte e vamos encarar, as fórmulas têm sido usadas com muito mais frequência que o "necessário". Se os pais decidem usar fórmula, eles deveriam ao menos fazê-lo sem ter a expectativa de que será tão bom para o bebê quanto o leite materno (direto do seio ou ordenhado). Talvez, se essa expectativa desaparecer, as pessoas possam começar a prestar atenção em maneiras de aumentar a divisão de leite e a disponibilidade de leite materno para todos os bebês.


A respeito da alimentação com horários marcados, pessoalmente penso que a idéia de que isso ajuda a criança tem mais a ver com a forma estranha com que nossa sociedade se relaciona com a comida de forma geral. A maioria das dietas para adultos nos faz comer em horários predeterminados, sem levar em consideração o que nosso corpo está dizendo, provavelmente porque perdemos nossa relação natural com nossos estômagos, que nos ajuda a dizer do que precisamos exatamente e em que momento.

Essa falta de conexão entre corpo e mente não é normal e nem ideal. Nosso corpos deveriam nos dizer quando estamos com fome, e seria então que deveríamos comer. É simples assim. Então, os bebês estão fazendo simplesmente o que nós deveríamos, ao sinalizar quando estão com fome e comendo apenas o necessário para se satisfazerem, e não se empanturrarem, e depois sinalizando que estão com fome novamente. É a forma mais saudável de ser. Forçar os bebês a ficarem famintos e então comer compulsivamente na hora marcada porque eles pensam que devem comer aquilo tudo, não é nada saudável. Comer compulsivamente na vida adulta é um tipo de desordem alimentar para a qual as pessoas recebem até tratamento médico [8] mas ainda assim é a forma que alguns de nós estamos promovendo para a vida das crianças.


Quais os efeitos disso? Para começo de conversa, um pai que regula horários para alimentar sua criança vai ter que lidar com um bebê faminto, choroso, que não será alimentado enquanto não "aprender" os horários. Como todo pai sabe, escutar seu bebê gritar é uma das coisas que mais induz ao estresse e pode nos levar às lágrimas (e a razão para ser tão ruim é que nós deveríamos ser aqueles que fazem a criança parar de chorar). Além disso, crianças que são alimentadas em livre demanda ganham mais peso que aquelas alimentadas em horários predeterminados (seja com fórmula ou leite materno), principalmente durante as primeiras semanas [9].

Essa diferença no ganho de peso é significativa para bebês prematuros, e aqueles alimentados em livre-demanda recebem alta antes daqueles que receberam alimento em horários fixos.[10]. Por fim, para crianças amamentadas, os efeito na produção de leite pode influenciar o fato do bebê ser amamentado ou não. Várias pesquisas mostraram que tentar marcar horários para amamentar traz efeitos negativos na lactação, levando a queda na produção e ainda ao término da amamentação (para ler mais, veja[11][12]).
As expectativas sobre alimentação não terminam aqui, porque agora temos que nos preocupar com as expectativas sobre a introdução de alimentos sólidos. A orientação geral tem sido de começar com os sólidos quando o bebê estiver por volta dos seis meses de idade, com a recomendação da OMS de que os bebês devem ser amamentados exclusivamente durante esses seis primeiros meses. Alguns pais começam a oferecer cereais aos pequenos antes desse período dos seis meses por várias razões, e alguns esperam até o dia mágico em que o bebê completa os seis meses de vida. Mas uma vez passado esse marcador mágico dos seis meses, sua criança deve começar a comer uma variedade de alimentos – vegetais, frutas, grãos, carne – e fazer isso com alegria e sem dificuldades. Eles não devem simplesmente querer comer sucrilhos ou permanecer com o leite materno. Eles devem ter uma colher de sobremesa a cada refeição, e não muito mais nem muito menos. Você começa a ter médicos e outros pais perguntando regularmente quanto sua criança tem comido, quais os suplementos que tem usado (os mais comumente recomendados são vitamina D e ferro) e com que frequência tem sido alimentado. Algumas poucos pessoas vão responder a essas perguntas da forma "certa" e outras vão começar a entrar em pânico, pois de alguma forma seus filhos vão ficar deficientes de certas vitaminas, parar de crescer, ou desenvolver alguma doença terrível. O estresse que os pais sentem por causa da comida é palpável se você simplesmente sentar-se e conversar com um deles. Até mesmo crianças que geralmente comem bem, passam por períodos nos quais aceitam apenas um tipo de alimento, e nada além daquilo, causando ondas de pânico em seus pais.

O que esse estresse está causando? Isso é necessário? O mínimo que isso causa é pânico entre os pais, que às vezes forçam a criança a comer alimentos para os quais ainda não estão preparados. A primeira coisa a ser levada em consideração é a questão dos dentes. As crianças não perdem imediatamente o reflexo de empurrar para fora com a língua até começarem a nascer os dentes, então uma criança que não tem dentes aos seis meses, provavelmente ainda não está pronta pra comer alimentos sólidos. Tanto a introdução de alimentos tardia mostra um paralelo com o surgimento de dentes, que as crianças cujos dentes nascem mais cedo, parecem demorar um pouco mais para gostar de alimentos sólidos. A segunda coisa a ser levada em conta é que algumas crianças simplesmente estão prontos para alimentação sólida mais cedo que outras. Muitos de nós já ouvimos sobre crianças que não paravam de agarrar alimentos aos quatro meses, enquanto outras que tinham interesse zero nisso até depois de completarem 1 ano de idade. Eu gosto de pensar que crianças conhecem sua fisiologia melhor do eu nós e na maioria dos casos deveríamos prestar atenção a elas. Muitas pessoas amamentam exclusivamente por um ano e seus filhos não mostram nenhuma conseqüência negativa por causa disso. Se você pode fazer isso e seu filho não tem interesse nenhum por comidas sólidas, vá em frente. Então você pode perguntar a respeito da deficiência de ferro que muitos médicos falam, mas o negócio é o seguinte – pesquisas mostraram que deficiência de ferro ocorre em uma certa proporção da população de crianças independente dos seus hábitos alimentares, incluindo o uso de comidas fortificadas com ferro. [13]. Uma razão para isso, pode ser que o momento em que o cordão umbilical do bebê é cortado tem mais a ver com essa deficiência que a dieta alimentar – pesquisas descobriram que retardar o corte do cordão reduz o risco de anemia. Outra pesquisa descobriu que a absorção de ferro do leite materno é quase cinco vezes maior comparada ao da fórmula ou leite e seus derivados, sugerindo que bebês amamentados não precisam se preocupar tanto com problemas de ferro quanto aqueles alimentados com fórmulas.[14]. Por fim, um estudo descobriu que a amamentação exclusiva por um ano foi associada a não-deficiência de ferro nas idades de 1 ou 2 anos, enquanto essa deficiência foi encontrada em bebês que foram amamentados mas receberam também alimentação suplementar [15]. Associado a isso, mães que amamentam exclusivamente por um ano e tomam medidas para que elas mesmas estejam ingerindo ferro suficiente, não devem se preocupar muito. Mães que não amamentam exclusivamente podem querer ficar de olho na quantidade de ferro ou simplesmente oferecer alimentos ricos em ferro para suas crianças, mas mesmo isso pode não ajudar muito uma vez que certos bebês podem ter deficiência de ferro independente da dieta.

Em resumo, faça o melhor que puder e fique de olho em alguma coisa mais grave, mas você com certeza não precisa se estressar a respeito disso. As crianças irão comer quando estiverem prontas e, se você lhes oferecer opções saudáveis, elas irão comer coisas saudáveis, mesmo que não comecem logo de uma vez.

Expectativas sobre Independência


Essa é a última categoria de expectativas nesse artigo,e provavelmente a que me incomoda mais (apesar de estar bem perto da expectativa sobre sono). Em nossa sociedade individualista nós temos essa ideia tão arraigada de que as pessoas precisam ser totalmente independentes que ela chega até aqueles que realmente não podem ser independentes, nem sequer falar por si mesmos.

Quando eu falo a respeito das expectativas de independência, estou me referindo a expectativas múltiplas. A primeira delas é a idéia de que bebês e crianças pequenas devem ser capazes de se tranquilizarem sozinhas. Eu chegarei a esse ponto em detalhes na série de artigos Educando os especialistas (será a lição quatro), resumidamente posso dizer que os pais foram instruídos a deixar seus filhos chorando para que possam aprender a se consolar e acalmar sozinhos. E isso é errado.


Crianças não são capazes de se acalmar e o fim do choro que ocorre quando já foram repetidamente deixados chorando sozinhos (para dormir ou por qualquer angústia) não é porque elas se acalmaram sozinhas, mas sim porque elas se fecharam ou desistiram (veja Educando os especialistas - lição 1: Choro). O fato de que deixar sua criança chorar vai torná-la mais independente é intuitivamente errado para a maioria dos pais, é um dos fatos que pesquisas vêm descobrindo – essa não é a forma como os humanos se desenvolvem. (Notadamente, isso não é a respeito dos pais que no final de suas forças precisam colocar o bebê deitado por um momento a fim de voltar à sanidade – isso é a respeito de falarem que você tem que deixar sua criança chorar regularmente a fim de torná-la mais independente).

Além dessa, existe a expectativa a respeito de quando a criança estará pronta para se separar do seu principal cuidador. Quando você tem que deixar seu filho em uma creche e ele começa a chorar, as pessoas logo dizem que é bom para ele e que irá se adaptar. Sim e não. Múltiplos cuidadores para crianças tem sido associados a resultados positivos – afinal de contas, a maior parte da história da humanidade teve crianças cuidadas por mais de um adulto – mas a diferença hoje em dia é que elas não têm sido criadas pela mamãe e outros (norma histórica), mas simplesmente outros por boa parte do dia. E não pela famíla que teria um interesse no seu bem estar a longo prazo.

Mas a questão da creche fica para a próxima. O que é importante tratar aqui é a ideia de que um bebê deveria se adaptar a estranhos facilmente e que a resposta para isso é que está mais para o lado do ‘não’ que eu disse acima. A própria sobrevivência do bebê depende de um outro que possa cuidar dele, e esse outro costuma ser a mãe. Bebês saem do útero conhecendo a voz da mãe (na verdade, eles sabem essa diferença dentro do útero) [16] e começa a preferir o leite de sua mãe muito cedo [17] o que parece estar relacionado à preferência pelo cheiro da mãe.

Em resumo, a mãe (ou quem quer que seja o principal cuidador após o nascimento) é fundamental para a sobrevivência do bebê, pelo menos sob uma perspectiva evolutiva (afinal de contas, bebês não chegam ao mundo conhecendo os maravilhosos avanços tecnológicos que podem ajudar) e assim não deveria surpreender que essa seja a pessoa a quem eles se agarram. Um bebê que vai com estranhos facilmente está na verdade se colocando em risco, e muitos médicos admitem isso e falam que um certo nível de medo de estranhos é bom.

Contudo, esses mesmos médicos e outros parecem ter um ponto de corte a partir do qual as crianças deveriam deixar de ter esse medo. Alguns irão dizer que é com um ano ou um pouco depois, e ainda assim é completamente arbitrário. Uma criança que esteve com sua mãe pelo primeiro ano de vida vai ficar apreensiva quando estiver perto de estranhos mesmo depois daquele um ano mágico. Além disso, o temperamento da criança vai desempenhar um papel importante em quão expansiva ela será, independente da idade, e não existe absolutamente nada de errado em ter um filho tímido!

Apesar de ser difícil para alguns pais ter uma criança que não gosta de ficar distante deles, não há nada de errado nisso, especialmente quando essa criança está nos primeiros três anos de vida. Se eu estivesse doente e não pudesse me ajudar, certamente não gostaria de ficar com pessoas que não conheço e não sei de que forma cuidariam de mim, então por que deveríamos esperar que nossas crianças sejam diferentes de nós nesse aspecto?

Gostaria de falar sobre mais uma coisa – bebês humanos nascem muito antes que qualquer outro mamífero, pois nascer um pouco depois significaria uma cabeça maior que não poderia passar através do canal de nascimento de uma mulher. Outros mamíferos nascem com a capacidade de se moverem com independência, e é com isso em mente que alguns psicólogos e antropólogos concluíram que até que uma criança possa se mover, ela está passando por um processo chamado ‘exterogestação’ [18].

Durante esse processo, estão se desenvolvendo como se estivessem no útero e com isso são muito mais dependentes do que em qualquer outro período; depende de nós cuidadores respeitarmos essa dependência. E aqui está o “pulo do gato” – crianças as quais se permite serem dependentes e crescer em seu próprio ritmo (o que também inclui respeitar suas tentativas de independência) com todo o apoio daqueles que as querem bem, tendem a ser crianças mais independentes mais adiante em suas vidas (para ler mais, veja [19]).

Nossa sociedade ocidental, industrializada, esqueceu-se de que os bebês e crianças pequenas, são apenas bebês e crianças pequenas, e o que eles precisam são pessoas das quais possam depender.


Pensamentos finais



Muitos de nós vivemos em uma sociedade que valorize o ato de impelir nossos bebês e crianças a “alcançar” mais coisas. Não vemos nada de errado nisso porque acreditamos que essa seja a forma de torná-los bem sucedidos. E ainda assim, sempre que pesquisadores examinam se esse é mesmo o caso, continuamos a achar que não. Nos casos mais benéficos, nossas interferências parecem ter pouco ou nenhum efeito, e nos casos piores, fazemos mal aos nossos filhos (como no caso de deixar de atender a um pedido de ajuda do bebê para construir independência). É preciso realmente olhar através de outras culturas para ver a realidade.
 O mais importante a se considerar é o motivo pelo qual você está fazendo tal coisa e se isso está ou não funcionando para você e seu filho. Por exemplo, interagir com o bebê deitado de barriga para baixo não é ruim por si só, mas também deixa de ser bom se a criança não gosta dessa atividade, então o que você está conseguindo ao fazer isso? Nada além de, talvez, causar mais estresse para si mesmo, seu bebê e sua família, então é preciso se perguntar se é isso mesmo o que você deseja.

O objetivo aqui foi fazer as pessoas pensarem a respeito de suas expectativas, e se essas expectativas estão ou não causando mal. Se a resposta for sim, você provavelmente deveria reconsiderar essa expectativa, pois nenhuma delas corresponde a um caso de vida ou morte para crianças normais e saudáveis, então se isso a está deixando estressada ou incomodando sua criança, o melhor é provavelmente deixar para lá e aceitar que ela irá fazer o que quer que seja no tempo dele ou dela. Existe uma época para ter altas expectativas a respeito dos nossos filhos, mas não enquanto são ainda bebês ou crianças pequenas. Seria ótimo lembrar que as crianças que são bem sucedidas só chegam lá porque têm uma base segura e essa base não se desenvolve quando as primeiras experiências de vida foram cheias de tristeza e estresse.

Por Tracy G. Cassels
Tradução: Gabriela de O. M. da Silva

[1] Oddy WH, Li J, Whitehouse AJO, Zubrick SR, & Malacova E. Breastfeeding duration and academic achievement at 10 years. Pediatrics 2011; 127: e137-e145.

[2] Horta BL, Bahl R, Martines JC, & Victora CG. Evidence on the long-term effects of breastfeeding: Systematic reviews and meta-analyses. World Health Organization 2007.

[3] Duijts L, Jaddoe VWV, Hofman A, & Moll HA. Prolonged and exclusive breastfeeding reduces the risk of infectious diseases in infancy. Pediatrics 2010; 126: e18-e25.

[4] Armstrong J & Reilly JJ. Breastfeeding and lowering the risk of childhood obesity. The Lancet 2002; 359: 2003-2004.

[5] Bartick, Melissa, and Arnold Reinhold. “The Burden of Suboptimal Breastfeeding in the United States: A Pediatric Cost Analysis.” Pediatrics 2010; 125: 1048-56.

[6] Newcomb PA, Storer BE, Longnecker MP, Mittendorf R, Greenberg ER, Clapp RW, et al. Lactation and a reduced risk of premenopausal breast cancer. The New England Journal of Medicine 1994; 330: 81-87.

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[15] Pisacane A, De Vizia B, Valiante A, Vaccaro F, Russo M, Grillo G, & Guistardi A. Iron status in breast-fed infants. The Journal of Pediatrics 1995; 127: 429-431.

[16] Hopson JL. Fetal psychology. Psychology Today 1998 (Sep/Oct).

[17] Porter RH & Winberg J. Unique salience of maternal breast odors for newborn infants. Neuroscience and Biobehavioral Reviews 1999; 23: 439-449.

[18] Bostock J. Evolutional approach to infant care. The Lancet 1962; 1: 1033-1035.

[19] Schön RA & Silvén M. Natural parenting – back to basics in infant care. Evolutionary Psychology 2007; 5: 102-183.

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