A CHUPETA: O que toda mãe (e pai) deveria saber antes de oferecer uma chupeta para o seu
bebê.
Por Andréia Stankiewicz.
Cirurgiã-dentista especialista em odontopediatria e ortopedia funcional dos
maxilares. Núcleo de Estudos em Ortopedia dos Maxilares e Respiração Bucal
(NEOM-RB) e da Associação Brasileira de Odontologia Neonatal e Aleitamento
Materno (ABONAM). Moderadora voluntária Grupo Virtual de Amamentação.
A oferta da chupeta se difundiu amplamente na sociedade contemporânea. Trouxe consigo
conveniência e comodidade, “simplificando” a tarefa dos adultos em acalmar o bebê. Alguns
nem questionam, acostumados que estão em associar maternidade-chupeta-bebê; mas muitos
se perguntam se deveriam ou não oferecê-la. Desconhecimento, falta de tempo, modelos
culturais negativos, recomendações desencontradas dos especialistas, desconexão, apreço
pela ideia de independentização precoce do bebê, propaganda, consumismo, imediatismo,
terceirização dos cuidados da criança, necessidades dos adultos, reprodução das próprias
experiências vividas na infância, crenças pessoais, inconsciência e tantos outros motivos
popularizam o seu uso e fazem com que formas naturais e gentis de lidar com o choro e as
demandas do bebê sejam deixadas de lado - afinal de contas, costumam ser mais trabalhosas;
exigem maior disponibilidade, criatividade e atenção. Assim, a necessidade básica de sucção
no peito acaba não sendo plenamente suprida, muito menos as necessidades psico-afetivas do
bebê, como um ser humano complexo em formação; que necessita de toque, contato, afeto,
proximidade - de calor humano, afinal. O motivo do choro que está sendo silenciado fica sem
resposta. Atrapalha o desenvolvimento da comunicação e do vínculo entre pais e filhos. O
bebê se distrai, se desconecta e solicita menos vínculo pessoal – transfere suas necessidades
humanas amplas e profundas para um objeto frio e inanimado. Seus sentimentos e
necessidades são reduzidos a mera questão física: conhecida como ‘necessidade de sucção’. A
chupeta acaba se tornando para os pais uma solução mágica e instantânea, que se arrasta pela
infância afora e chega até a idade adulta disfarçada de várias formas. Por isso, não se iluda! A
chupeta não é assim tão inocente quanto parece, nem se torna vilã de uma hora para outra.
Riscos existem sempre, pois é um estímulo patológico, e aumentam em quantidade e
gravidade ao longo do desenvolvimento infantil. Acompanhe, sob uma perspectiva baseada
em evidências, os riscos potenciais relacionadas ao uso da chupeta.
- Interfere negativamente sobre a amamentação. As recomendações oficiais, avalizadas
por órgãos de respaldo como a Organização Mundial de Saúde, orientam a
amamentação exclusiva durante 6 meses, complementada por alimentos até 1 ano e
continuada por 2 anos ou mais. Estudos mostram que crianças que desmamam
precocemente usam chupeta com maior freqüência do que aquelas que são
amamentadas por um período maior (1, 2, 4). O gráfico abaixo, extraído de uma pesquisa
peer review (3), demonstra claramente como a chupeta induz ao desmame ao longo do
tempo:
A confusão de bicos (fig. 1 e 2) descrita na literatura acontece porque a musculatura é
trabalhada de forma completamente diferente durante a sucção do peito e da
chupeta (3 - Quadro 1 - APÊNDICE). A sucção de um bico artificial leva à perda da
tonicidade e alteração da postura muscular (dos lábios e língua, principalmente),
fazendo com que o bebê não consiga manter corretamente a pega do peito. Além
disso, existem evidências de que chupar chupeta diminui a produção de leite, pois o
bebê solicita menos o peito, causa ferimentos na mãe devido à pega incorreta, o que
acaba interferindo até mesmo no seu ganho de peso. Não oferecer bicos artificiais e
chupetas a crianças amamentadas é um dos Dez passos para o Sucesso do Aleitamento
Materno recomendado pela Organização Mundial de Saúde, UNICEF e Ministério da
Saúde (6), e todos os profissionais/serviços de saúde que protegem, promovem e apoiam
de fato a amamentação são unânimes em reconhecer a importância de esclarecer a
população sobre este passo.
- Prejudica a correta maturação funcional do sistema estomatognático (SE)*. Atrapalha
na fala, mastigação, deglutição e respiração da criança (3). Podem surgir deficiências de
dicção, presença de sibilo/ceceio na fala, voz rouca e/ou anasalada. A mastigação
perde sua característica normal bilateral e alternada, tendendo a vertical ou
unilateral (5), afetando diretamente as articulações têmporo-mandibulares e o
desenvolvimento das estruturas envolvidas. Desenvolve-se potencialmente uma
deglutição atípica, com interposição de língua e participação da musculatura peri-oral.
O padrão respiratório se altera de nasal para bucal ou misto (3, 5). Assim, existe um
consenso na literatura científica de que hábitos de sucção não-nutritivos são
potencialmente nocivos para a saúde da criança e que, por isso, devem ser
desestimulados (6) ou removidos o mais cedo possível no intuito de minimizar os danos (7).
- Altera a postura e tonicidade dos músculos da boca: aumenta o risco do lábio superior
ficar encurtado, o lábio inferior, flácido e evertido (virado para fora), ocorrendo a
perda do selamento labial passivo (sem esforço), a pele do queixo pode ficar enrugada
(refletindo o esforço do músculo mentalis para auxiliar no vedamento labial), as
bochechas se tornarem hiper/hipotonificadas e ‘caídas’ (de acordo com a forma que a
criança adapta a sucção) e a língua perde a tonicidade normal, ficando numa posição
baixa e retruída dentro da cavidade bucal (fig. 3); alterando assim toda a
anatomofisiologia do SE* e o curso natural de desenvolvimento. Portanto, já existem
evidências suficientes que comprovam que crianças que chupam chupeta (tanto as
convencionais como as anatômicas/ortodônticas) apresentam maior prevalência de
alterações nas estruturas mio-funcionais orais, quando comparadas àquelas que nunca chuparam (4).
- Causa deformações esqueléticas na boca e na face: Os ossos da face crescem de forma
desarmônica, com alterações e rotações dos planos de crescimento (fig. 4) (5). As arcadas
e os ossos nasais sofrem atresias (estreitamento/palato profundo) (4) e desvios (desvio
de septo) prejudicando também as funções de deglutição, mastigação, fala e respiração (fig.
5 - 6) e se tornando um obstáculo mecânico à cura de uma série de patologias
(especialmente, as “ites” = rinite, sinusite, amigdalite, bronquite, otite, adenóides
hipertróficas, ronco e hipopnéia/apnéia obstrutiva do sono, etc...). A distância
intercanina superior é menor nas crianças que chupam qualquer dos tipos de chupeta
(tanto convencionais como ortodônticos), o que novamente indica que o palato destas
crianças com hábito de chupeta, é mais estreito do que das crianças sem hábito (4). A
mandíbula mantém a posição retruída do nascimento, isto é, o queixo não cresce
adequadamente, prejudicando a estética, a fisiologia, a oclusão e o equilíbrio de
desenvolvimento (fig. 7).
- Provoca maloclusão dentária. Hábitos de sucção podem provocar alterações
histológicas de reabsorção e aposição óssea, da mesma maneira que ocorre quando da
utilização de forças ortodônticas leves e lentas. A chupeta, dessa forma, atua por
pressão mecânica, movendo os dentes e modificando o crescimento maxilar (PROFITT,
1986) (36). Mordidas abertas, mordidas cruzadas (fig. 8), maloclusão de Classe II, overjet
acentuado, sobremordida/mordida profunda (fig. 9) e outras alterações nos dentes
são associadas ao uso de bicos artificiais. O risco de desenvolver parafunções como
bruxismo e desordens da ATM é aumentado (45). A prevalência de alterações nos arcos
dentais é maior nas crianças que usam chupeta, tanto convencionais como
anatômicas/ortodônticas, do que naquelas que não usam (4). Crianças com hábitos de
sucção não-nutritiva apresentam 12 vezes mais chance de desenvolver problemas
oclusais do que crianças sem hábito (10). Mais de 70% das crianças que possuem hábitos
de sucção não-nutritiva apresentam algum tipo de maloclusão (11).
- Não existem no mercado bicos fisiológicos, anatomicamente comparáveis ao bico do
peito natural: Em relação ao mamilo, os bicos de borracha apresentam diferenças
significativas em sua textura, forma, compressão/distensão/elasticidade, no trabalho
que realizam e nas consequências desse trabalho (5). Já foi demonstrado em estudo
realizado com diferentes marcas comerciais disponíveis no mercado que bicos
artificiais são significativamente menos elásticos do que o bico do peito, e que o seu
comprimento pouco se altera dentro da cavidade bucal, de forma que é a boca que se
molda a ele, e não o oposto como ocorre no caso do bico do peito (fig. 9 – 11). O bico
do peito tem a capacidade de distender-se dentro da boca (protractibilidade) até 3
vezes o seu comprimento inicial, enquanto o bico de borracha pouco se altera (10).
A primeira figura mostra o bico ortodôntico posicionado dentro da boca do bebê, “entulhando”
ainda mais a língua dentro da boca e “empurrando”-a de forma a obstruir o tubo respiratório
na região da oro-faringe (garganta). Percebe-se a postura invertida em relação ao normal:
ponta baixa e dorso elevado. A segunda figura avalia um bico convencional, de ponta
arredondada, denotando também uma postura alterada, ainda que o espaço funcional da
língua e a dimensão vertical da cavidade bucal estejam sendo menos afetados.
- A chupeta não é menos nociva do que o dedo: Dados epidemiológicos mostram que
apenas 10% das crianças chupam o dedo prolongadamente (11, 13), enquanto 60 a 82% (10,
11, 13), chupam chupeta e 4,1% associam os dois hábitos (10). A grande maioria delas não
foi suficientemente amamentada. No Brasil, a média de amamentação exclusiva é de
54 dias e apenas 10% das brasileiras conseguem amamentar exclusivamente até o
sexto mês (46).
Ao contrário do que se costuma acreditar, os danos causados pela sucção prolongada
de dedo ou de chupeta são bem semelhantes (14, 15). Na verdade, alguns autores
demonstraram até mesmo que a chupeta tem potencial para provocar maiores
estragos sobre a mordida em um período mais curto de tempo do que a própria
sucção do dedo (38).
A sucção do dedo, contudo, como vantagem, se assemelharia mais ao peito (fig. 12)
por ser intracorpórea, ter calor, odor e consistência mais parecidos com o mamilo e
pelo fato de ficar praticamente na mesma posição do bico do peito dentro da cavidade
bucal (próximo ao ponto de sucção, no fundo da boca). A língua vem para a frente
durante a sua sucção, como acontece com o mamilo na ordenha do peito materno e o
padrão de respiração nasal é mantido (16). A amamentação não é prejudicada. Por tudo
isso, a orientação de substituir o dedo pela chupeta faz pouco sentido.
Chupar dedo é natural. O bebê é capaz de chupar dedo desde a barriga (17), o que
inclusive denota um adequado desenvolvimento neuro-motor para a fase (fig. 13).
Durante o seu desenvolvimento, especialmente nos períodos de desconforto e
irritação provocados pela erupção dentária (que inicia a partir dos 4-6 meses até em
torno dos 3 anos, quando a dentição decídua está completa), é normal que ele leve um
ou mais dedos à boca. Nessa fase devemos proporcionar variedade de estímulos,
como alimentos de consistência dura, mordedores, além de brincadeiras diversas,
atenção, carinho, paciência e peito; a fim de que o hábito cesse espontaneamente.
Hábitos de sucção digital prolongado geralmente se relacionam a personalidades mais
tímidas e introvertidas, que, portanto, necessitam de segurança, apoio, respeito e
aceitação extra dos pais para superarem prováveis dificuldades sociais e emocionais
relacionadas. Formas de criação autoritárias, repressoras, rígidas e que valorizam a
independência infantil a todo custo, ainda que a criança não demonstre
amadurecimento neuro-emocional suficiente para tanto, também podem contribuir na
perpetuação prolongada da necessidade da criança em chupar o dedo (43).
A persistência da sucção de dedo não é freqüente em crianças bem amamentadas (7, 18).
Mais de 80% das crianças que recebem aleitamento materno exclusivo nos primeiros
seis meses de vida não apresentam hábitos (13, 19).
- Os bicos ortodônticos podem ser até mais prejudiciais do que os convencionais: Não
existem evidências que comprovem substancialmente a existência de vantagens reais
nos bicos anatômicos ou ortodônticos (20). Embora se acredite que sejam
potencialmente menos nocivos em relação às alterações dentárias, chupetas
ortodônticas mantêm o dorso ainda mais elevado e a ponta da língua ainda mais baixa
e mais posteriorizada do que o bico comum (Fig. 14 a 16) (5). Produzem mais
movimentos incorretos com a língua, a deglutição é deflagrada mais tardiamente e
existe um maior esforço e pressão negativa formada durante a sucção (21). Ou seja, o
risco de interferir negativamente sobre o desenvolvimento esquelético e dentário é
ainda maior.
Vários autores que pesquisaram clinicamente os efeitos relacionados a modelos
convencionais e anatômicos (também conhecidas como ortodônticos) afirmam que
não existe grande diferença entre os prejuízos causados por ambas; concluindo não
haver grandes vantagens em recomendar um ou outro (22).
A utilização de bicos anatômicos, de modo geral mais curtos com relação ao bico
comum e voltados para o palato, aumenta mais a pressão negativa intra-oral (5),
tornando a força/intensidade de sucção ainda maior; o que potencializa os riscos de
usar estes modelos, ainda que de forma “racional”, como muitos especialistas insistem
em sugerir baseados em percepções pessoais, subjetivas e limitadas; ao invés de
exercer a Odontologia Baseada em Evidências.
Um paralelo pertinente pode ser traçado entre mastigação e efeitos sobre o
desenvolvimento: a mastigação efetiva realizada por um período curto de tempo/dia
(estimando-se uma média aproximada de 1 hora/dia), tem potencial de influenciar o
plano oclusal, a mordida, a postura mandibular, a determinação da ‘Linha Média’, a
morfo-fisiologia articular têmporo-mandibular, o equilíbrio de desenvolvimento e
influenciar a qualidade de vida do indivíduo a curto, médio e longo prazo (7). Por que a
sucção, tão intensa e importante num período crítico e vulnerável do desenvolvimento
infantil, não exerceria a mesma influência (ainda que o uso seja controlado/limitado a
poucas minutos/horas/dia)?
- Representa uma das causas de Respiração Bucal: Quando a criança respira pela boca
pode ter o seu desenvolvimento comprometido (fig. 17) pelas inúmeras consequências
que isso acarreta ao organismo como um todo. O ar inspirado pela boca não sofre o
processo de filtragem, aquecimento e umedecimento fisiológicos, deixando o sistema
respiratório mais vulnerável a doenças em geral. A respiração bucal ainda acarreta
uma gama de alterações físicas (patologias respiratórias [fig. 18], problemas
nutricionais e de crescimento, alterações fonoaudiológicas, do sono [ronco, apnéia,
pesadelos, terror noturno, enurese noturna/xixi na cama, bruxismo] maloclusão e
problemas orto-ortopédicos, posturais (fig. 19), comportamentais e emocionais
(problemas de aprendizado, distúrbios de ansiedade, impulsividade, fobias, agitação,
cansaço e hiperatividade, baixa autoestima) (5, 23).
- Cria-se um hábito de difícil remoção: A sucção não-nutritiva não é um sintoma único e
isolado, mas, ao contrário, insere-se dentro de um contexto mais amplo, podendo ser
um entre vários sintomas relacionados a conflitos de instabilidade emocional com
raízes em situações anteriores (24), como, por exemplo, a não satisfação plena da
necessidade básica do bebê de mamar no peito (5, 7, 18) ou ainda outras
carências/demandas não atendidas/mal atendidas.
A remoção repentina ou abrupta da chupeta pode gerar efeitos psicológicos
complexos e difíceis de mensurar e pode levar à substituição por hábitos de sucção de
dedo, lábio, língua, onicofagia (roer unhas) ou outros. Esses hábitos podem ser
substituídos ao longo da vida por comer, fumar ou outros transtornos compulsivos,
segundo a teoria psicanalítica (freudiana) (5, 9).
Uma criança que se vê repentinamente subtraída da chupeta, seu porto seguro (ainda
que seja apenas para os momentos de sono ou que use ‘só um pouquinho’ como
muitos dizem), pode sentir uma frustração imensa a qual provavelmente nem seja
capaz de verbalizar/expressar. Neste caso, é bem provável que arquive no
inconsciente o abuso e desrespeito sofrido diante da atitude arbitrária do adulto, o
qual relativizou ou mesmo não percebeu a relação de apego que a criança construiu
com o objeto. Poderá ser deixada chorando para que desacostume do hábito, ou
então ser enganada, chantageada, subornada, coagida, ridicularizada ou humilhada
para que aceite se desfazer da chupeta.
O estresse acentuado nesta fase de desenvolvimento (geralmente sinalizado pelo
choro excessivo) tem potenciais efeitos negativos sobre o desenvolvimento cerebral
do indivíduo, devido aos altos níveis de cortisol que são liberados (44). Por isso, deixar
chorar até que o bebê acostume é um risco e pode ter um custo alto.
Muitos profissionais perpetuam a crença de que o hábito de sucção digital é muito
mais difícil de ser descontinuado do que o da chupeta. Entretanto, dados de pesquisa
mostram que ambos, dedo e chupeta, na verdade, podem ser muito difíceis para a
criança superar e que a diferença entre eles na dificuldade de interrupção pode ser
considerada insignificante (equivalente a 92,3% para o dedo x 91% para a chupeta em
uma amostragem de pacientes ortodônticos); ou seja, a dificuldade de remoção pode
ser considerada praticamente idêntica. O grande diferencial que ajuda a criança a
superar hábitos, segundo o consenso na literatura, é a amamentação, muito
provavelmente também por fortalecer os vínculos, a segurança, a confiança e conferir
uma base de respeito profundo à relação desde o princípio. Além do mais, a sucção
digital não constitui um dos hábitos mais prevalentes na atualidade – a maior
preocupação ainda deveria ser em relação a chupetas e mamadeiras (42). Que todos os
conhecimentos que já temos na atualidade sejam um dia capazes de romper os
paradigmas da cultura do artificial em detrimento do natural.
- Seus efeitos podem ser observados desde cedo: A ideia de ‘uso racional’ e de que se a
chupeta fosse removida até uma certa idade (1, 2, 3 anos, variando entre diferentes
autores) não traria prejuízos à criança se propagou advinda de uma prática clínica já
ultrapassada centrada no dente (visão odontocêntrica), onde era possível observar a
autocorreção de alguns tipos de maloclusão como a mordida aberta anterior a partir
da descontinuidade do hábito. A evolução do conhecimento, entretanto, vem
demonstrando que seus efeitos sobre ossos, músculos e dentes (bem como suas
repercussões funcionais) dificilmente se autocorrigem espontaneamente.
Avaliando os efeitos a longo prazo do hábito de sucção de chupeta sobre a dentição
decídua e mista, pesquisas demonstram que o bico artificial, ainda que descontinuado
durante a fase de dentição decídua jovem, provoca alterações na mordida nas fases
subsequentes do desenvolvimento dentário. Concluindo que as recomendações atuais
para interromper esses hábitos não são o ideal na prevenção de maloclusões
relacionadas a hábitos e que, portanto, precisam ser revistas (37, 38).
Além do mais, o primeiro ano de vida do bebê é um período crítico para o seu
desenvolvimento, de metabolismo ósseo acelerado e aprendizado/maturação de
funções vitais, o que torna a presença de estímulos patológicos ainda mais agressiva,
ainda que por períodos limitados de tempo. Na imagem abaixo, observamos um bebê
de 4 meses que ainda não tem dentes, mas já sofre as conseqüências do hábito de
sucção: perda do selamento dos lábios, postura de língua baixa, estreitamento da base
do nariz, etc... Tudo isso vai afetar de alguma forma o seu padrão de crescimento e
desenvolvimento.
- “Chupetar” peito não existe! O termo “chupetar” deveria se referir exclusivamente à
chupeta, onde o bebê realiza uma sucção não-nutritiva simplória. Dizer que o bebê
está fazendo o peito de chupeta (“chupetando”), quando na verdade ele está
mamando constitui um erro semântico; já que mamar constitui um ato complexo que
envolve, não apenas extrair o leite, mas também sugar, estar em contato íntimo com a
mãe, e sentir todas as sensações orgânicas e psico-afetivas envolvidas, com suas
respectivas repercussões. Como poderia o bebê fazer o peito de chupeta se este tipo
de artifício não é natural para ele e não lhe proporciona toda essa riqueza de
estímulos? Bicos artificiais, muito pelo contrário, representam um estímulo de sucção
patológica. O que sua memória instintiva, seu impulso pela sobrevivência reclama e
pede é o peito da mãe, fisiológico/natural, e não a chupeta. Tanto é que a maioria das
crianças só aceita a chupeta após muita insistência dos adultos. Argumenta-se que
alguns bebês teriam uma necessidade maior de sucção e que, após satisfazerem sua
fome, ficariam no peito apenas “chupetando”, sugando, mesmo sem leite. O que
acontece é que existem fases do desenvolvimento e necessidades individuais
específicas (saltos e picos de crescimento (24)) onde a demanda aumenta
repentinamente e o peito necessita receber mais estímulo para ajustar a produção.
Todo bebê esperto sabe muito bem que mamar faz a produção de leite aumentar.
Além disso, ele está ao mesmo tempo satisfazendo sua necessidade neural de sucção (5,
7). Por isso, o famoso "chupetar" faz parte desse todo da amamentação (físico +
emocional). Tem inclusive um papel importante na regulação da produção-demanda e
na satisfação plena das necessidades orais e humanas de vínculo pessoal.
- A chupeta como prevenção para a Síndrome da Morte Súbita Infantil: Nos últimos anos
a chupeta tem sido recomendada para reduzir o risco da Síndrome da Morte Súbita no
Infantil (SMSI) (26). Diante desta recomendação, é importante assinalar a existência de
muitas evidências, como por exemplo um estudo caso-controle com 333 lactentes com
diagnóstico de SMSI e 998 crianças hígidas, o qual apontou que a amamentação reduz
o risco de morte súbita em 50% em todas as idades (27). Como a chupeta favorece o
desmame, deve-se reconsiderar o incentivo do seu uso para esse fim, pois benefícios
maiores podem ser obtidos com a amamentação (8).
A etiologia da Síndrome da Morte Súbita Infantil ainda é DESCONHECIDA, por isso a
literatura se mantém tão controversa neste aspecto.
Cita-se que o benefício seria de prevenir algo em torno de 1 morte súbita infantil para
cada 2733 crianças que usam chupetas quando colocadas para dormir (39). Já o impacto
de outras medidas, como a posição durante o sono, parece ter um impacto muito
maior (além de não oferecer riscos de prejudicar a correta maturação neuro-funcional
das estruturas do sistema estomatognático).
"Nos últimos anos, o simples ato de mudar a posição de dormir do bebê de prona para
supina diminuiu significativamente o índice de morte súbita.
Houve, por exemplo, uma diminuição de 90% na taxa de SIDS no Reino Unido de 1981
a 1992, desde a introdução da nova recomendação de colocar bebês para dormirem
na posição supina e 50% de redução na Holanda, Austrália e Nova Zelândia." (SMALL,
1998) (40).
É preciso que se faça a leitura crítica das evidências. Por exemplo, nas recomendações
da Academia Americana de Pediatria-AAP (2005) fala-se em CONSIDERAR a chupeta
como fator de proteção da morte súbita do lactente. A recomendação seria de colocar
o bebê para dormir até 1 ano, introduzindo a chupeta, mas só após 1 mês para bebês
em aleitamento materno exclusivo. Entretanto, esta recomendação claramente
contraria todas as evidências de alto nível que demonstram a relação negativa da
chupeta com a duração da amamentação, além de outros vários artigos sobre
contaminação da chupeta por microorganismos, risco aumentado de otite média,
maloclusão, etc. (41).
No contexto nacional, onde a morte súbita não constitui a principal causa de morte de
bebês, como acontece em outros países, como por exemplo os EUA; é muito mais
importante proteger, promover e apoiar a amamentação. E isso inclui evitar o uso de
bicos artificiais.
- Considerações sobre a toxicidade e segurança da chupeta: Durante o processamento
da borracha natural e a criação da sintética, várias substâncias são adicionadas ao látex
com o intuito de conferir maior elasticidade (28). Em contato com a saliva, esses produtos
se volatilizam, trazendo riscos à saúde; além da possibilidade de existirem crianças
alérgicas ao látex (29). Como qualquer outro objeto levado à boca, a chupeta pode servir
de veículo para infecções diversas (otite, candidíase, cáries, etc.) (30). Outros riscos
potenciais são o de acidentes, obstrução das vias aéreas e estrangulamento por cordas
amarradas na chupeta.
- A chupeta e o refluxo gastro-esofágico: O uso da chupeta foi aventado como método
capaz de reduzir o refluxo gastro-esofágico. No entanto, revisão sistemática não
encontrou evidência de que ela melhore o tempo total e/ou diminua o número de
episódios de refluxo (31).
- A necessidade de sucção do bebê deve ser suprida no peito: Crianças que nunca
mamaram no peito ou que tiveram aleitamento misto antes dos três meses de idade
têm aproximadamente sete vezes mais chance de desenvolver hábitos de sucção não-nutritivos
do que crianças amamentadas por mais tempo (10). Desde a vida intra-uterina
o bebê apresenta um impulso neural de sucção (17). Ele começa satisfazendo esse
impulso com o próprio dedo e ao mesmo tempo vai desenvolvendo a função da
sucção, crítica para sua sobrevivência após o nascimento durante a amamentação. Se
o bebê for amamentado e não houver interferências negativas, o próprio
desenvolvimento e amadurecimento neuro-funcional se encarregará de fazer com que
a necessidade neural de sucção se esgote espontaneamente em torno do final da fase
oral, que alguns especialistas já até questionam e estendem para além dos 2 anos,
variando de uma criança para outra (43). Portanto, nada substitui o ato de mamar no
peito: pelo aporte nutricional e imunológico do leite materno, pela troca de
afetividade e fortalecimento do vínculo entre mãe e filho, pelo mecanismo de sucção
exclusiva que este propicia para um perfeito desenvolvimento, pela singularidade
sobre o equilíbrio emocional (32). A amamentação é primária na prevenção em saúde e
no funcionamento pleno das potencialidades vitais da criança, refletindo diretamente
sobre a sua qualidade de vida. A amamentação deve ser realizada de forma exclusiva
até os 6 meses e continuada até os 2 anos de idade ou mais (33, 34)!
O bebê que por algum motivo não for amamentado, pode e deve receber outras
formas de estímulo para recuperar o déficit e restabelecer o equilíbrio de
desenvolvimento. Acompanhamento multidisciplinar próximo e contínuo das áreas de
saúde e intervenção adequada/oportuna quando necessário é recomendável (5).
A DECISÃO DE INTRODUZIR OU NÃO CHUPETA É SEMPRE DA FAMÍLIA! Mas cabe
aos profissionais e especialistas oferecerem aos pais subsídios para que tomem uma
decisão consciente e informada a esse respeito (8).
*Sistema Estomatognático (SE) = caracteriza-se pela existência de um conjunto de estruturas
que desenvolvem funções comuns, tendo como manifestação conspícua e básica a
participação da mandíbula. Como todo sistema, tem características que lhe são próprias,
embora esteja intimamente ligado à função de outros sistemas – o nervoso e o somatoesquelético,
em particular, e todos em geral (35).
APÊNDICE:
O quadro 1 compara a atividade e os desvios funcionais dos músculos
envolvidos na amamentação e no aleitamento artificial com bicos comuns e
ortodônticos (CARVALHO, 2010).
Quadro 1: Atividade e desvios funcionais dos músculos envolvidos na amamentação e no
aleitamento artificial com bicos comuns e ortodônticos.
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02/09/2013).
“Quando o bebê chora pedindo peito ele não está pedindo apenas leite ou então simplesmente querendo
sugar; ele almeja colo, conforto, segurança, acolhimento, calor humano, apoio, AMOR. Não chupeta!
Oferecer uma chupeta é a primeira falha na comunicação mãe-pai-cuidador-bebê (já que está se
respondendo com algo que não foi solicitado) e, consequentemente, no vínculo fundamental. É a
primeira transferência das necessidades físicas e emocionais não plenamente supridas para um objeto. É
a primeira (des)ilusão!
Portanto, a chupeta, além de todos os malefícios já comprovados, deixa sempre aquele vazio que
nenhum objeto no mundo é capaz de preencher. O bebê precisa sentir o amor de sua mãe: e a linguagem
que ele melhor compreende no início da vida é a da amamentação!” (Andréia Stankiewicz)
Edição desta imagem e redação de Luzinete Rocha Cruz Carvalho e Renato Carvalho.
Autoria: Andréia Stankiewicz, mãe de Luiza, 5 anos e Pedro, 3 anos; cirurgiã-dentista
especialista em odontopediatria e ortopedia funcional dos maxilares, membro do
Núcleo de Estudos em Ortopedia dos Maxilares e Respiração Bucal (NEOM-RB) e da
Associação Brasileira de Odontologia Neonatal e Aleitamento Materno (ABONAM).
Consultora de amamentação voluntária do Grupo Virtual de Amamentação.
Revisão final: Antonio Fagnani Filho, cirurgião-dentista ortopedista funcional dos
maxilares, ortodontista e homeopata, professor de pós-graduação, membro do
Núcleo de Estudos em Ortopedia dos Maxilares e Respiração Bucal (NEOM-RB) e da
Associação Brasileira Do Sono.
Contatos: http://www.vivavita.com.br/index.php?pg=faleconosco
ceoandreia@hotmail.com
https://www.facebook.com/andreia.stankiewiczafagf@terra.com.br
Setembro/2012.
Atualizado em Setembro/2013 e Julho/2014.
Nota de interesse: Para resolver problemas ou dificuldades na amamentação, busque APOIO de
qualidade, procure AJUDA!
Relação de Bancos de Leite no Brasil
http://www.redeblh.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home
Grupo Virtual de Amamentação
https://www.facebook.com/groups/266812223435061/