Muitas mães ficam aflitas pela descida do leite após o parto. Isso não deveria ser um motivo para preocupação e muito menos um motivo para entrar com complemento. A natureza é tão incrível que existe uma relação direta entre a quantidade de colostro e o pequeno tamanho do estômago do bebê nos primeiros dias (5 a 7ml). Não fica óbvio quando olhamos essa imagem? E penso que se as coisas acontecessem diferentes teríamos um problema. A anatomia e fisiologia da amamentação acontece de forma harmoniosa quando não interferimos. Uma cascata de eventos perfeita! O estômago diminuto faz o recém nascido mamar de pouquinho em pouquinho e com intervalos curtos. O colostro altamente gorduroso e calórico é o alimento ideal para essa etapa, pois poucas gotas saciam o bebê. Um recém nascido que pede pra mamar toda hora está cumprindo seu papel perfeito na natureza, pois é com todo esse estímulo que nosso cérebro entende que é necessário produzir o leite. Assim o leite desce ao mesmo tempo que o estômago vai crescendo e se preparando para receber esse leite cada vez em maior quantidade. É necessário, de uma vez por todas, acreditar na ordem dos eventos das primeiras semanas de vida. Acreditar que o bebê nasce com reservas de peso para essa transição. A cultura de engorda de um bebê é muito nociva. Ela gera insegurança, pressa e muito desmame iniciado ainda na maternidade ao oferecer complemento. Afinal, que bebê mamará no peito de barriga cheia e com isso provocar o estímulo para descida do leite?
Não devemos pular etapas e sim esperar com paciência que a produção de leite aconteça no ritmo que o bebê suporta e necessita. É o tamanho do estômago do recém-nascido que determina o quanto ele mama e em que intervalos! Acredite nele, acredite na livre demanda e fique tranquila. O colostro é suficiente!