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quinta-feira, 16 de julho de 2015

As mulheres podem amamentar - como as mudanças culturais as fizeram duvidar disso

Por Fernanda Rezende Silva
Revisão: Juliana Gieppner, Gabriela Silva e Luciana Freitas


Era uma vez um país chamado ABC onde as mulheres amamentavam seus bebês com naturalidade - elas não se sentiam constrangidas por amamentar em público, mesmo se fosse um bebê grande ou uma criança, pois todas faziam isso. Era comum ver crianças de 7 anos que ainda mamavam e ninguém via problemas nisso.

Para amamentar as mães não precisavam de relógios, regras ou artefatos - davam o peito sempre que estavam com seus filhos e eles pediam, e isso não era motivo para se sentirem presas ou cansadas (1). Elas acreditavam no poder do próprio leite pois praticamente todas as mulheres próximas amamentaram, então elas sabiam que não ser capaz de amamentar era algo tão raro quanto uma criança nascer sem um dedo, por exemplo.

Quando uma mulher engravidava ela já tinha a experiência de ter visto outras mães amamentando e já tinha aprendido também, pelo exemplo, que um recém-nascido depende 100% da mãe, então logo se formava sua rede de apoio para o puerpério. Estar com o bebê sempre no colo e dormir junto com o bebê (2) eram coisas tão naturais quanto a própria amamentação.

Num certo dia chega neste país a notícia sobre um artefato que prometia acabar com o choro dos bebês instantaneamente, mesmo sem a mãe do bebê por perto. Diziam que o tal artefato já era usado no "estrangeiro" com sucesso - parecia ser algo tão inovador quanto a televisão ou a internet. Tanta propaganda fez com que vários pais e mães resolvessem testar o objeto, com o inocente pensamento "se for ruim a gente para".

No "estrangeiro" já havia indústrias lucrando com as vendas do artefato, mas elas queriam mais: o departamento de marketing estava encarregado de convencer mais pessoas a usarem o produto e para cumprir esta meta criaram dois mitos, que alavancaram as vendas: chupar chupeta é melhor que chupar dedo (3); bebê que usa chupeta fica menos grudado na mãe e cresce mais "independente".

Durante alguns meses parecia estar tudo bem lá no país ABC, o país do início do texto, mas depois de um tempo já se percebia que a maioria dos bebês haviam desmamado precocemente (antes de 2 anos) (5, 6). Estes bebês pararam de mamar no peito mas continuaram precisando de leite, o que fez aumentar o uso (e as vendas) de mamadeiras.

Algumas pessoas desconfiaram que chupetas e mamadeiras fossem culpadas pelos desmames, mas o efeito nem sempre era imediato, então a maioria das pessoas não fazia essa associação - logo começaram a culpar as mães e duvidar da capacidade delas de produzir leite. As pessoas não tinham explicação para o novo fenômeno "desmame precoce", então quando um bebê desaprendia a mamar no peito diziam que o leite da mãe tinha secado (7) e inventavam as mais fantasiosas histórias para justificar isso, por exemplo: bebê arrotou no peito e isso fez o leite secar, a mãe voltou a menstruar por isso o leite secou, a mãe ficou sem leite porque passou uma grande tristeza (8).

Conforme o tempo foi passando as mães já não tinham muitos exemplos de mulheres próximas que amamentaram e isso fez surgir um novo problema: pega errada (9). Elas colocavam seus bebês para mamar no peito como se fossem tomar mamadeira, os bebês não conseguiam abocanhar corretamente o peito, o uso de chupetas fazia a pega piorar muito, os seios feriam e muitas desistiam pensando "amamentar é muito doloroso, difícil" - esta era a mensagem que infelizmente seria passada para as próximas gerações, tanto que algumas mulheres decidiam nem tentar e já levavam mamadeiras para a maternidade.

Junto com a imagem do "bebê independente" passaram também a vender a ideia de que bebês deveriam dormir em berços, mas para que esta indústria tivesse sucesso também precisavam de um bom argumento, então mais um mito foi criado: dormir com os pais é perigoso, todos os bebês devem dormir em berços (hoje sabemos que é uma ideia tão sensacionalista quanto dizer "uma criança morreu afogada numa piscina, então nenhuma criança deveria entrar em piscinas") (10). E mais um mito colaborou com as vendas de berços: se a mãe amamenta deitada causa otite no bebê (11).

As indústrias estavam rindo à toa, mas não contavam com um detalhe: a fisiologia da raça humana não mudaria tanto em tão pouco tempo, o que significa que os bebês não aceitaram facilmente este novo cenário: eles precisavam estar com suas mães, dormir com elas, mamar também de madrugada (12). Como as mães já não podiam dormir com seus bebês, ficavam extremamente cansadas, ansiavam pelo dia em que seus filhos dormiriam a noite toda (13), e isso criou mercado para "especialistas" do sono - muitas técnicas foram inventadas para tentar enquadrar os bebês que resistiam a toda essa "modernidade". E como estas técnicas poderiam atrapalhar ainda mais a amamentação? Uma delas se baseava no mito de que bebê novinho só chora por fome. Já não havia muitos exemplos de bebês amamentados, então também se perderam as referências sobre os motivos do choro - cada vez que o bebê chorava aparecia uma "boa alma" para dizer: "você tem pouco leite", "seu leite é fraco" (14). O mito do leite fraco surgiu com força total, daí veio a ideia "empanturre esse bebê com leite artificial para ele não acordar à noite". Durante alguns meses a técnica funcionava - o bebê ia dormir realmente empanturrado (como um adulto ao comer uma feijoada) e aí o bebê não acordava nem quando precisava (ex.: apneia em bebê empanturrado pode ser fatal).

Neste ponto da história a inversão já estava feita: as pessoas passaram a considerar normal o comportamento dos bebês de mamadeira, e não o dos bebês de peito. Ficavam com dó do bebê se uma mãe dizia que o bebê não pegou chupeta. Achavam estranho ver crianças com mais de um ano mamando, e aí as mães dos bravos bebês que faziam aniversário mamando se viam na obrigação de desmamar, pois "é feio amamentar bebê grande", "precisa ficar independente", "leite materno vira água depois de um ano" (15). Ah, essa do leite virar água é um mito descarado - as mães passaram a acreditar que mais cedo ou mais tarde todo bebê tomaria mamadeira - êxtase para a indústria de leite artificial. Surgiu a cárie de mamadeira, e junto com ela o mito da cárie do leite materno (16), pois as pessoas passaram a colocar tudo no mesmo bolo, assim como fizeram ao criar a nova regra "todo bebê precisa arrotar depois de mamar": quando se toma mamadeira entra ar, então precisa sim arrotar, mas mamando no peito com a pega correta isso não acontece, por isso essa história do arroto é mais um mito e só fez aumentar o cansaço das mães que tentavam amamentar.

Chegamos no ponto mais triste da história: a grande maioria dos bebês usavam chupeta e mamadeira e desmamavam "sozinhos" por volta de 3 meses. A imagem de um bebê maior mamando no peito passou a ser associada a pobreza (coitada dessa mãe, não pode comprar leite). Apenas 10% dos bebês chegavam a 6 meses com amamentação exclusiva e os efeitos disso eram notáveis: crianças adoecendo com frequência, aumento da mortalidade. Problemas respiratórios passaram a ser considerados "normais", assim como o uso de aparelhos ortodônticos - as pessoas chegavam a dizer "ah, hoje em dia todo mundo usa aparelho, né", sem pararem para pensar que até algumas décadas atrás estes problemas não eram comuns.

É possível reverter este cenário? Será que nos dias de hoje, com a maioria das mães trabalhando fora, é possível amamentar como no início do texto? É possível sim, e este resgate da amamentação já está começando. Vamos quebrar mais um mito? Segundo Gonzalez a média de duração da amamentação é maior entre as mães que trabalham fora do que entre as mães que passam o dia todo com seus filhos (17). Será que é porque as mães que trabalham fora sentem saudades de seus filhos e resistem mais ao desmame? Talvez seja, mas o detalhe mais importante desta pesquisa é comprovar que é possível sim continuar amamentando mesmo trabalhando fora, e se há mulheres seguindo este caminho então podemos afirmar que o resgate da amamentação já começou.

Referências:
1 - Livre Demanda - http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/07/livre-demanda-o-que-e-realmente-dr.html
2 - Eu deveria deixar meu bebê dormir comigo? http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/03/eu-deveria-deixar-meu-bebe-dormir-comigo.html
3 - Se o bebê está chupando o dedo, o que ele pode estar querendo dizer? http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/01/se-o-bebe-esta-chupando-o-dedo-o-que.html
4 - Cama ou quarto compartilhado: promovendo a independência
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/07/cama-ou-quarto-compartilhado-promovendo.html
5 - O que acontece com os músculos bucais quando um bebê usa qualquer bico artificial (chupetas, mamadeiras, bicos de silicone) - http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/03/o-que-acontece-com-os-musculos-bucais.html
6 - A CHUPETA: O que toda mãe (e pai) deveria saber antes de oferecer uma chupeta para o seu bebê - http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/07/a-chupeta-o-que-toda-mae-e-pai-deveria.html
7 - Mamadeira contém “substância” que seca o leite materno - http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/07/mamadeira-contem-substancia-que-seca-o.html
8 - Passei por uma situação de estresse e meu leite acabou!
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/06/passei-por-uma-situacao-de-estresse-e.html
9 - A importância da correção da pega - http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/06/a-importancia-da-correcao-da-pega.html
10 - Normas gerais de segurança da cama compartilhada - http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/07/normas-gerais-de-seguranca-da-cama.html
11 - Pode amamentar deitada? http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/06/pode-amamentar-deitada.html
12 - Porque a amamentação noturna é tão importante - http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/06/porque-amamentacao-noturna-e-tao.html
13 - 8 fatos sobre o sono dos bebês que todo pai e toda mãe deveriam saber - http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/08/8-fatos-sobre-o-sono-dos-bebes-que-todo.html
14 - Você está amamentando e seu peito está sempre murcho? Que maravilha!!! http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/09/voce-esta-amamentando-e-seu-peito-esta.html
15 - Como o leite materno vira água e a vaca passa a fazer melhor leite que o seu - http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/07/como-o-leite-materno-vira-agua-e-vaca.html
16 - Cáries e Leite Materno - http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/06/leite-materno-nao-causa-caries.html
17 - Trabalho e Amamentação, página 112 do livro "Manual Prático de Aleitamento Materno", Dr. Carlos Gonzalez

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Meu leite sempre acaba de tarde

Por: Gabriela Silva e Luciana Freitas

“Meu filho tem dois meses e meu leite diminuiu muito. Todas as vezes que ele vai mamar, especialmente no final da tarde e de noite, ele chora, rejeita o peito, puxa o bico com força. Demora a dormir porque está com fome, só berra e se joga pra trás. Acho também que além do leite diminuindo pode ser refluxo, pelo menos foi o que algumas pessoas disseram. Não pesei ele este mês ainda, mas deve ter ganhado pouco, porque ele só mama bem de manhã e de madrugada, quando tenho bastante leite.”

Ao longo de todos os anos de existência do GVA, recebemos com frequência postagens semelhantes a essa, que relatam problemas em bebês que têm entre 1 e 4 meses, aproximadamente, os quais a mãe atribui a uma diminuição do seu leite. No entanto, esses problemas, que parecem ser com a amamentação, costumam ser, na verdade, com o sono. Sim, com o sono!

Bebês com menos de um mês, em geral, dormem muito, adormecem sozinhos, sem que as mães precisem se preocupar com isso. Porém, após esse período, os bebês começam a precisar de ajuda para dormir. O cuidador deve perceber quando eles estão com sono e precisam ser colocados para dormir, seja por meio do embalo ou de qualquer outro meio que os faça pegar no sono (carrinho, rede, sling,cadeirinha do carro, bola de pilates etc).

Quando isso não acontece e a criança passa muitas horas acordada, e entre os dois e os quatro meses eles não aguentam mais do que 1h30 ou 2h no máximo acordados, inicia-se um processo de irritação que inclui, em muitos casos, rejeitar o peito da mãe e agir como no caso que usamos acima para ilustrar nosso texto. O bebê fica exausto, procura o peito pra dormir porque sabe que a mamãe e o peito são seu porto seguro, mas irritado de sono não tem paciência com nada. Reclama do peito, mas quando o solta reclama porque quer mais peito.Troca de um lado pra outro, chora, se joga pra trás, puxa os cabelos, bate comas mãozinhas no próprio rosto, geralmente os olhinhos estão avermelhados. Tudo isso é sinal de sono, mas nós mães sempre pensamos naquilo que tanto nos assombra: “O peito está secando! Não consigo produzir leite suficiente!”

Sim, ao final da tarde estamos nós também exaustas, afinal a maioria cuida sozinha do bebê e muitas vezes também de outros filhos, sem contar as tarefas domésticas... É um trabalho muito cansativo, apesar de escutarmos piadinhas do tipo “Está aproveitando pra descansar, né? Fica só cuidando do bebê, não trabalha fora mais, aproveite as ‘férias’!”.

Essa exaustão faz com que nossa percepção do choro e incômodo do bebê esteja muito mais sensível, então o mesmo choro que escutamos ainda de manhã cedo, e conseguimos contornar com criatividade e paciência, ao final do dia nos parece um choro desesperador e não temos mais ideia do que fazer para acalmar o bebê e nos acalmarmos também.

O que fazer, então? Mudar de ares, sair do ambiente tenso e assim conseguir respirar pra tentar novamente fazer o bebê dormir e mamar:
- tomar banho juntos (banheira ou chuveiro);
- dançar ao som de músicas que vocês gostem;
- passear de sling pela vizinhança;
- ir à pracinha ou ao play, para se distraírem e ver outras crianças brincando (ajuda a lembrar que tudo passa e logo será o nosso bebê correndo e se divertindo ali).

O principal é lembrar que é ilógico o mesmo peito que produz leite suficiente durante todo o dia, simplesmente secar no final da tarde. Pense: “É sono, vamos relaxar pra dormir. É sono, vamos relaxar pra dormir...”. Tente descobrir o que mais funciona para você como forma de relaxar, e então quando esses dias difíceis surgirem, lembre que é sono e não falta de leite. Seu corpo é perfeitamente capaz de nutrir seu bebê!

Para saber mais a respeito do sono dos bebês e os efeitos de ficarem muito tempo acordados, indicamos os links abaixo:

Tabela de sono
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/05/tabela-de-sono-dos-bebes.html

O efeito vulcânico – como a falta de boas sonecas durante o dia causa irritação e “birras”
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2013/06/o-efeito-vulcao-pular-sonecas-produz.html

terça-feira, 12 de maio de 2015

Tabela de Sono dos Bebês



Tempo total de sono para diversas idades.


Recém-nascido: 1 Semana
- Bebê dorme bastante, 15-18 horas/dia
- Geralmente em intervalos de 2-4 horas
- Não há padrão de sono

2 a 4 semanas
- Sem tabela de horários, permita que o bebê durma quando precisa
- Bebê provavelmente não dormirá por períodos longos à noite
- O maior período pode ser de 3-4 horas

5 a 8 semanas
- Bebê está mais interessado em brinquedos e objetos
- O maior período de sono começa a aparecer regularmente nas primeiras horas da noite
- O período mais longo é de 4-6 horas (menos se tem cólicas)
- O bebê "fácil" tem períodos mais regulares
- Ponha-o para dormir aos primeiros sinais de cansaço
- Ponha-o pra dormir: não mais que 2 horas acordado
- Após acordar pela manhã já está pronto para soneca somente 1 hora depois
- O bebê vai se distrair mais facilmente, então precisa de um lugar quieto pra dormir
- Crie uma rotina de atividades que acontecem antes de cada soneca e da hora de dormir à noite
- Sinais de extrema fadiga: irritável, puxa o próprio cabelo, bate na própria orelha

3 a 4 meses
- A necessidade é maior de um lugar calmo e quieto para dormir, pois o bebê se distrai mais facilmente
- Não deixar o bebê acordado por mais de 2 horas (alguns aguentam somente 1 hora)
- 6 semanas de vida é quando o período de sono mais longo deve ser preferencialmente à noite (não de dia)
- O maior período de sono é somente de 4-6 horas
- Comece a colocar o bebê para dormir antes dele começar a ficar irritado ou sonolento

4 a 8 meses
- O sono do bebê se torna mais como o do adulto, com período inicial de não-REM
- A maioria acorda entre 7 da manhã, mas geralmente entre 6-8.
- Se o bebê acordar antes das 6 é bom colocar para dormir após mamar e trocar a fralda
- Não é possível mudar a hora que o bebê acorda de manhã colocando-o para dormir mais tarde
- Comidas sólidas antes de dormir também não resultam em acordar mais tarde
- O período acordado de manhã deve ser de cerca de 2 horas para bebê de 4 meses e 3 horas para bebês de 8 meses
- Então a soneca da manhã é por volta das 9 horas para a maioria
- Tenha um período tranquilo e quieto, parte da rotina de dormir, com duração máxima de 30 minutos. Essa rotina deve começar 30 minutos ANTES do fim do período que o bebê fica acordado
- Um soneca só é restauradora se é de 1 hora ou mais, algumas vezes 40-45 minutos conta, mas 1 hora ou mais é o ideal
- Conte com outra soneca após 2-3 horas acordado
- Evite mini-sonecas no carro ou parque
- Não deixe o bebê tirar uma sonequinha para compensar uma soneca perdida
- Se o bebê tira a soneca quando deveria estar acordado, bagunça a rotina acordado/dormindo
- A segunda soneca é geralmente entre meio-dia e 2 da tarde (antes das 3)
- Deve durar 1-2 horas
- Uma terceira soneca poderá ou não ocorrer, se ocorrer será entre 3-5 da tarde e geralmente bem rápida
- A terceira soneca desaparece por volta dos 9 meses de idade
- A hora de dormir ideal é entre 6-8 da noite, decida pelo quanto a criança está cansada
- Empregue uma rotina antes da cama com a mesma sequência de eventos toda noite, assim a criança começará a predizer o que vem a seguir, ou seja, o sono
- A criança poderá acordar de 4-6 horas depois para mamar, algumas estarão com fome mas outras vão dormir direto, depende do indivíduo
- Uma segunda mamada poderá ocorrer por volta de 4-5 da madrugada.

9 a 12 meses
- A maioria dos bebês dessa idade realmente precisam de 2 sonecas/dia com duração total de 3 horas de sono
- Por o bebê pra dormir à noite mais cedo permitirá que ele durma até mais tarde de manhã (em alguns casos não)
- Rotina usual: acorda às 6-7 da manha, soneca da manhã 9:00, soneca da tarde 13:00 (antes das 15:00 pra não atrapalhar com o sono da noite), dormir à noite entre 18:00-20:00
- Se o bebê que dormia à noite toda começar a acordar, tente antecipar a hora de dormir gradualmente de 20-20 minutos.

12 a 21 meses (1 ano a 1 ano e 9 meses)
- Muda de 2 sonecas para 1 soneca/dia, total duração de sono 2 horas e meia
- Se a mudança para 1 soneca é difícil, tente por na cama mais cedo, a criança poderá tirar 2 sonecas num dia e 1 no outro até estabilizar

21 a 36 meses (1 e 9 meses a 3 anos)
- Maioria das crianças ainda precisam de uma soneca
- Em média a soneca é de 2 horas mas pode ser entre 1-3 horas
- Maioria das crianças dormem entre 7-9 da noite, acordam entre 6:30-8 da manhã
- Se a soneca não aconteceu, é preciso por na cama mais cedo ainda
- Se a criança não dorme bem durante a noite, não permitir que a criança tire a soneca pode ser problemático, causar extrema fadiga
- Se a criança acorda entre 5-6 da manhã, e está bem descansada, pode-se tentar encorajar mais sono com cortinas escuras
- Ir pra cama mais cedo pode resultar em acordar mais tarde de manhã (sono traz mais sono, na maioria dos casos)


3 a 6 anos
- A maioria ainda vai dormir entre 7-9 da noite, acorda entre 6:30 e 8 da manhã
- Aos 3 anos a maioria das crianças precisam de 1 soneca todos os dias
- Aos 4 anos, cerca de 50% das crianças tiram soneca 5 dias/semana
- Aos 5 anos de idade, cerca de 25% das crianças tiram soneca 4 dias/semana
- Aos 6 anos de idade as sonecas geralmente desaparecem
- Aos 3 e 4 anos a soneca dura 1-3 horas
- Aos 5 e 6 anos a soneca dura entre 1-2 horas

7 a 12 anos
- A maioria das crianças de 12 anos vão dormir entre 7:30 e 10 da noite, na média 9 da noite. A maioria dorme 9-12 horas/noite.
- Muitas crianças de 14-16 anos agora precisam de mais sono que quando eram pré-adolescentes para manter a atividade ótima e serem alertas durante o dia


Tradução: Andreia Mortensen
Original em: http://solucoes.multiply.com/journal/item/1

 (Baseada no livro 'Healthy Sleep Habits'' de Marc Weissbluth)
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