terça-feira, 25 de novembro de 2014

Como eliminar a chupeta

Por Fernanda Rezende Silva

Este texto é para você que acabou de ler sobre os malefícios da chupeta e por isso resolveu jogá-la fora, mas não sabe como começar o processo de retirada e como fazer isso de forma que seu bebê não sofra.

Ok, vamos começar entendendo qual é a real função da chupeta: ela é uma substituta (pobre) do peito. Todo bebê tem necessidade de sucção, que deveria ser suprida no peito, portanto, ao retirar a chupeta, o mais correto é colocar o bebê no peito, sempre antecipando os sinais de irritação e choro. Isso é a verdadeira livre demanda: o bebê suga o peito da mãe não só quando tem fome, mas sempre que precisa. Até a sucção não nutritiva tem sua importância na amamentação: ela ajuda a regular a produção de leite de acordo com a demanda do bebê.
Se a mãe ainda está em casa com o bebê (não voltou a trabalhar ainda) a chupeta pode ir direto para o lixo, e o bebê provavelmente solicitará mais a mãe até finalizar essa transição. A maioria dos bebês prefere o peito à chupeta, então essa troca não costuma ser traumática, desde que a mãe esteja disponível realmente, ou seja, ela não deve ficar regulando as mamadas, não deve ficar incomodada se o bebê estiver apenas "chupetando". Um sling pode ser muito útil - o bebê fica no colo, mamando, enquanto a mãe tem as mãos livres para outras atividades.
Quando a mãe já retornou ao trabalho: nesse caso realmente é mais complicado, pois o bebê não terá a mãe para confortá-lo. O ideal aqui seria tentar diminuir gradativamente o uso da chupeta, e para isso o cuidador precisará dedicar muita atenção ao bebê. Se a chupeta era usada para acalmar qualquer choro, tentar substituí-la por brincadeiras, distrações, água. Se a chupeta só era usada nos momentos do sono, passar a ninar o bebê de outra forma, sem chupeta (ex.: colo, rede, carrinho, sling). E se o bebê descobrir o dedo como substituto da chupeta: ok, ele conseguiu uma forma de se acalmar sozinho, não se preocupe pois o dedo nem sempre é vilão.
Quando o bebê já está maior e já tem um grande apego pela chupeta: neste caso deve-se avaliar muito bem se vale a pena fazer a retirada. Pode-se tentar conversar com a criança, oferecer distrações, mas não vale a pena amedrontá-la nem punir de forma alguma (lembre que o uso da chupeta foi uma decisão dos pais), nem oferecer prêmios. Se a criança já desmamou e não chupa dedo ela não conseguirá facilmente um substituto para a chupeta, correndo o risco de levar para a vida adulta a necessidade de sucção não suprida (o que pode causar problemas psicológicos) logo, nestes casos, é melhor esperar que a criança abandone o hábito espontaneamente.

sábado, 22 de novembro de 2014

Alerta: a banalização do uso das sondas de relactação e seus riscos

Por: Fernanda Rezende Silva
Revisão: Zioneth Garcia e Dji Nane

Muitas mães, por acharem que não produzem leite suficiente, recorrem ao uso da sonda de relactação, e ela não deveria ser a primeira opção - vamos entender o porquê.
A técnica de relactação serve para RE-lactar, ou seja, só deveria ser usada por mães que já não produzem mais leite e querem retomar a amamentação. Ok, mas qual o problema em usar a sonda só para complementar?
Vamos começar entendendo como é o fluxo de leite na sonda: o bebê recebe LM e LA. Se o bebê recebe mais leite do que seria o normal, ele vai sugar menos tempo, logo a produção não será realmente estimulada como deveria. Além disso o bebê pode se acostumar a este fluxo (quando a sonda é usada por muito tempo) e depois fica complicado tirar - infelizmente o que acontece nestes casos é que a mãe, por não acreditar que será capaz de produzir leite sozinha, aumenta cada vez mais a quantidade de LA e por fim o bebê já não suga mais LM: é um bebê desmamado tomando LA pela sonda.
Usar a sonda fora de casa é algo complicadíssimo - muitas mães deixam de sair de casa por esse motivo. Algumas saem de casa sem a sonda e aí vem o perigo: pensar que podem dar uma única mamadeira fora de casa, que isso não vai atrapalhar (uma única mamada nestas condições - sonda + mamadeira - pode causar confusão de bicos).
Bebês maiores simplesmente não aceitam a sonda (com razão!). Se um bebê está acostumado ao aconchego do peito, a mamar o peito livre, realmente ele não vai aceitar um "caninho" entrando na sua boca - mais um motivo para restringir o uso da sonda apenas às primeiras semanas do bebê.
Quais seriam então as opções para a mãe que precisa complementar? Copinho comum, colher, colher-dosadora. Todos os bebês precisarão usar alguma destas opções após os 6 meses, quando começarão a tomar água, então aqui não cabe o argumento "é difícil usar copinho ou colher" - mais cedo ou mais tarde o bebê vai usar, pois a mamadeira é contra-indicada totalmente em qualquer idade. Para qualquer uma das opções escolhida: o ideal é que a quantidade de LA seja reduzida gradativamente, de forma que o bebê volte a mamar LM exclusivo e não fique dependente do LA.
Segue um texto explicativo sobre o uso da sonda, para quem realmente precisa usar:
"A técnica de relactação é justamente para RE-lactar, usada quando a mãe deixou por qualquer motivo de oferecer o peito: mães adotivas, ou em caso de cirurgia mamária com comprometimento de ductos ou glândulas onde a produção foi fisicamente afetada.
A relactação deve ter um começo e um fim, desde o primeiro dia que se começa deve se ter claro que não é para sempre, que num certo dia semana ela vai terminar. O recomendado geralmente é não estender a relactação por mais do que 6 semanas.
É importante que desde o começo o fluxo da sonda seja regulado, para que o bebê se acostume com o fluxo de LM do peito, nem toda sucção deve levar leite.
A relactação sozinha não faz milagres, deve ser associada à livre demanda e auto-confiança. SE A MÃE PRODUZ QUALQUER QUANTIDADE DE LM A RELACTAÇÃO TEVE SUCESSO E NÃO É MAIS NECESSÁRIA: pode começar diminuir o LA usando copinho.
Uma vez que se consegue LM em volume aceitável, é ideal passar oferecer o complemento que está sendo usado na sonda, num copinho. Lembre que existe sucção não-nutritiva, na sonda fica difícil saber até onde o bebê continua com fome e até onde está sugando por conforto.
Toda mamada deve começar e terminar pelo peito sozinho. Se o bebê adormece no peito, que seja no peito sem sonda."
Sobre a sonda-dedo: está "na moda" usar esta técnica, mas só deveria ser indicada para prematuros incapazes de sair da incubadora e que não podem ser amamentados ou pegos no colo - para eles sim, se usa a sonda dedo para estimular a sucção ao mesmo tempo em que são alimentados (seja com LM ou LA). A técnica não serve para bebês que têm condições de sugar o peito da mãe.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Anquiloglossia - "freio de língua" curto

O que é freio sublingual?

O freio sublingual se define como uma membrana mucosa situada abaixo da língua. Se dificulta ou impede o movimento normal desta, afirma-se que há anquiloglossia ou freio sublingual curto.

O freio sublingual encontra-se na parte de baixo da língua. Forma parte da mucosa oral, encontra-se pouco vascularizado e inervado, por isso, se é necessário cortá-lo, oferece pouca resistência, apenas sangra e não dói.

O freio de língua pode ser flexível ou inflexível, de tecido mole ou fibroso, longo ou curto, o que influenciará no grau de restrição dos movimentos linguais. Mesmo assim, o ponto de inserção do freio na língua pode variar  consideravelmente (posterior ou anterior).

Por que parece que atualmente há tantos bebês com freio de língua curto?

Antigamente se diagnosticava e remediava a anquiloglossia quando o bebê acabava de nascer, e durante séculos as matronas (parteiras) se encarregavam de cortá-la, mas na metade do século XX a lactância materna perdeu popularidade e a frenotomia de rotina deixou de ser habitual, pois quando havia dificuldades a solução era suspender a amamentação e iniciar a administração do leite artificial.

Já no século XXI, com a consciência da superioridade da amamentação e o aumento do interesse por tudo que está relacionado com ela, o tema do freio sublingual voltou à atualidade, assim como a busca de soluções para ele.

É tão importante?

A mobilidade da língua é de vital importância para o bom início da amamentação e para que esta se torne prazerosa para a mãe e efetiva para o bebê.

Pode ocorrer que o bebê tenha freio sublingual curto, mas que esta circunstância não cause problemas nem para ele, nem para a mãe, devido a capacidade de adaptação do peito materno e da própria fisiologia da glândula mamária. Se um bebê cresce e aumenta de peso corretamente, e sua mãe tampouco sente dor ao amamentar, não é necessário realizar intervenção alguma, salvo que se queiram prevenir outros possíveis problemas futuros (ressaltamos que a língua não é só importante para mamar, mas também que influencia de maneira decisiva o desenvolvimento de toda a cavidade oral, o que repercute na dentição, na fala, na respiração e pode inclusive determinar a propensão de sofrer problemas como otites, sinusites, etc)

Os bebês devem realizar uma complexa coreografia com a língua para:
--obter uma boa e efetiva transferência do leite
--não ferir o mamilo.

Há quatro movimentos principais que a língua do bebê deve realizar:

Extensão: ação de estender a língua até cobrir a gengiva inferior com ela e mantê-la nessa postura enquanto dura a mamada.

Elevação: ação de levantar a língua até o palato para comprimir a aréola e poder assim ordenhar o peito.

Lateralização: a habilidade de mover a língua a ambos os lados da boca.

Peristaltismo: movimento ondulante da língua que permite levar o leite até a faringe para ser deglutido.

A anquiloglossia pode impedir ou restringir estes movimentos, dificultando ou impossibilitando uma boa pega do bebê ao peito, o que por sua vez pode fazer com que a transferência do leite seja insuficiente. O bebê com anquiloglossia realiza movimentos compensatórios de sucção para evitar que o mamilo lhe escape da boca (um dos mais habituais é comprimir o mamilo com a gengiva inferior) que por sua vez, provoca traumatismos de grau variável na mama.

Que problemas pode ocasionar o freio de língua?

Na maioria dos casos, a anquiloglossia prejudica tanta a mãe como o bebê.
Para a mãe, o maior inconveniente de dar de mamar a um bebê com freio sublingual curto é a dor: se produzem fissuras pela fricção a que se submete o mamilo, infecções bacterianas causadas pela má drenagem dos condutos e favorecidas pela presença das fissuras, isquemias pela compressão do mamilo contra o palato. Tudo isso faz com que a experiência de dar o peito se torne dolorosa e desagradável.

Não todas as glândulas mamárias reagem do mesmo modo a uma sucção ineficiente. Há casos em que a mãe sofre a falta de leite - hipogalactia - e até que se corte o freio ou se estimule a produção (com uso de uma bomba, por exemplo) a quantidade do leite produzida é insuficiente.

Do outro lado, existem mães cujas glândulas mamárias parecem querer compensar o problema disparando a produção, o que faz que padeçam ingurgitações constantes e subidas de leite entre mamadas.

Além disso, as mamadas podem ser intermináveis, uma vez que os bebês com anquiloglossia não soltam o peito por si mesmos e costumam mostrar-se chorões e irritáveis. A mãe se sente cansada e frustrada, o que pode produzir um abandono precoce da amamentação, inclusive por parte de mães muito motivadas.

Em outras ocasiões, a sucção não é dolorosa, mas é ineficiente. Para a mãe isto causa frustração, já que o bebê mama aparentemente bem mas se mostra muito demandante e não ganha  peso suficiente. Estas mães podem chegar a pensar que o seu leite não é bom ou que não são capazes de produzir suficiente quantidade, quando na realidade o problema é outro.

Para os bebês, as consequências de um freio curto podem variar muito e ainda que a curto prazo podem afetar negativamente a amamentação, a médio e longo prazo causam também outros transtornos.

Existem bebês com anquiloglossia que não aumentam de peso devido à sucção ineficiente, que se traduz numa escassa produção de leite. Outros aumentam com normalidade ou de maneira espetacular.

A glândula mamária atua às vezes de forma compensatória. Diante de um bebê que mama de forma ineficiente ou caótica, pode reagir fabricando muito leite e dando lugar a uma produção excessiva - hipergalactia. Quando isso ocorrer, os bebês tomam muito leite do início, mais rico em lactose, o que lhe faz difícil de digerir e pode dar lugar a decomposições verdes, que cheiram mal e “explosivas”, muito diferente das decomposições típicas do bebê amamentado, que são de cor mostarda e com um cheiro doce que recorda ao do iogurte.

Este excesso de lactose também os faz mais propensos a sofrer regurgitação, pois devem mamar mais volume de leite para obter as mesmas calorias que receberiam se mamassem de forma eficiente, e dores intestinais (gases, cólicas).

Ao nascer, todos os bebês têm um palato alto e fechado, mas à medida que a língua se move de forma eficiente na cavidade oral, este vai se abrindo e descendendo. Se a língua não tem capacidade de elevação devido a um freio curto, esta mudança não se produz, o que afeta a toda a estrutura maxilofacial.

O palato ao ficar mais elevado, as “coanas” (aberturas posteriores das fossas nasais) vêem reduzidos seus diâmetros, o que faz que os bebês com freio curto respirem mais pela boca que pelo nariz, dormem com a boca aberta e ronquem durante o sono. Os problemas respiratórios se devem a entrada de ar nos pulmões diretamente pela boca. Esse ar não é filtrado pelas fossas nasais, o que facilita a entrada de partículas nocivas. E é mais frio, o que lhe predispõe a sofrer bronquites e pneumonias. Também são propensos a sofrer otites, devido a uma mal drenagem da trompa de Eustáquio. Também existem estudos que relacionam a anquiloglossia com uma maior incidência das apneias do sono.

A mal conclusão dental é outro problema derivado da anquiloglossia e se manifesta quando começam a sair os dentes. Estes podem nascer fora do lugar ou encavalar-se, o que unido à deformação do palato pode requerer custosas intervenções odontológicas.

Quando os bebês com anquiloglossia crescem, surgem problemas logopedagógicos (dislexia ou transtornos de articulação fonética) na pronunciação das consoantes /r/, /rr/, /l/, /t/, /d/, /n/, /s/ y /z/.

Por último, a anquiloglossia é responsável por problemas do tipo social que não deixam de afetar a qualidade de vida de quem sofre com eles: as pessoas com freio curto não podem fazer coisas tão simples como lamber um sorvete ou beijar com a língua.

Como se diagnostica a anquiloglossia?

Se deve avaliar o grau da mobilidade da língua, incluída a capacidade da mesma para extender-se mais “além” do lábio inferior, elevar-se até o palato superior com a boca bem aberta e efetuar movimentos transversais de um lado da boca a outro sem necessidade de deformar-se (lateralização). A elevação parece ser o movimento lingual que mais influencia na amamentação, por isso deveria pesar mais que os demais parâmetros na hora de avaliar a anquiloglossia

A grosso modo, podemos dizer que existem dois grande grupos diferenciados: os freios de língua anteriores e os posteriores. Os primeiros, que representam 75% da incidência de anquiloglossia. Se observam a simples vista e são fáceis de diagnosticar e tratar mediante frenotomia. Os segundos, podem passar inadvertidos e requerem uma intervenção mais complexa denominada frenuloplastia.

Freios de língua anteriores
Tipo 1: A língua tem forma de coração e apresenta uma funcionalidade muito restringida. O freio que se insere na ponta da língua, se observa a simples vista.


Tipo 2: O freio se insere mais atrás que no tipo 1, a uma distância de entre 2 e 4 mm referente à ponta da língua. Também pode restringir consideravelmente a elevação e extensão da língua, que se apresenta plana ou ligeiramente torcida.

Freios posteriores
Tipo 3: Este tipo de freio poderia definir-se como uma combinação dos tipos 2 e 4, uma vez que existe uma pequena membrana visível na parte posterior da língua mas também uma “ancoragem” submucosa, por isso não é suficiente cortar a membrana para liberar a língua da parte inferior da boca. Este tipo de freio pode ser difícil de observar à simples vista, mas basta passar um dedo de lado a lado abaixo da língua do bebê em repouso para notar sua presença.

A língua pode apresentar um aspecto normal e realizar o movimento de extensão com relativa facilidade, mas ao fazê-lo se torcerá para a periferia e se deprimirá no centro e o bebê não poderá elevá-la até tocar o palato com a boca totalmente aberta. Em função da espessura e fibrosidade do componente submucoso, a língua também pode apresentar um aspecto “como se fosse bola” e compacto.


Tipo 4 ou freio de língua oculto: o freio como tal não se visualiza a simples vista, já que se encontra oculto abaixo de uma camada de tecido mucoso, e restringe quase totalmente a mobilidade da língua, pois esta se encontra muito “agarrada” à parte inferior da boca e pode apresentar um aspecto compacto. O movimento da língua pode ser assimétrico. Às vezes, se vê um palato ogival ou estreito, a consequência direta da escassa mobilidade da língua.

Que são os movimentos compensatórios?
São recursos que desenvolvem os bebês para conseguirem mamar e escapar das dificuldades que lhes causam o freio curto:

-- Pressionam o peito exercendo uma pressão excessiva com os lábios, o que lhes causa feridas labiais, sobretudo no lábio superior.

-- Comprimem a gengiva contra o mamilo e causam traumatismos e mal drenagem, o que por sua vez favorece o aparecimento de infecções.

-- Mamam abrindo pouco a boca para evitar que o mamilo lhes escape, o que causa má transferência de leite e má drenagem da mama, que pode ocasionar dor e infecções à mãe. (mastites)


Que fazer quando há problemas com a amamentação e o bebê é diagnosticado com anquiloglossia?

Dependerá de cada família. Algumas decidirão rapidamente realizar uma intervenção cirúrgica (frenotomia ou frenuloplastia) para solucionar as dificuldades com a amamentação e prevenir possíveis problemas futuros, enquanto que outras preferirão não intervir e buscar alternativas. Também haverá quem prefira provar medidas paliativas antes de decidir-se por uma intervenção cirúrgica.

Há outros soluções para manter a amamentação sem ter que realizar uma frenotomia?

O primeiro é tentar otimizar a colocação do bebê ao peito, de tal modo que grande parte da aréola entre dentro da boca deste, facilitando assim a transferência do leite e evitando à mãe a dor causada pela pressão que realizam as gengivas.

Segurar o peito com a mão em forma de C ajuda a controlar a mandíbula do bebê. A postura “cavalinho”, na que o bebê mama sentado sobre a coxa da mãe, pode contribuir para minimizar as moléstias desta e a fazer mais efetivas as mamadas.

Também há bebês que encontram uma postura efetiva quando lhes deixa buscar e pegar o peito de forma espontânea, sem dirigir nem controlar seus movimentos. É o que se conhece como pega espontânea.

No caso dos bebês com escasso ganho de peso, há que iniciar complementação e se for possível, com leite materno.

Se existe hipogalactia associada, há que estimular a produção do leite utilizando uma boa bomba.
Em todos os casos, é muito recomendável praticar a compressão mamária, para encurtar as mamadas dolorosas e fazê-las mais efetivas.

Que é e como se faz uma frenotomia?

Se trata do procedimento cirúrgico pelo que se corta o freio sublingual. É uma técnica simples que se realiza em poucos segundos. Há cirurgiões que optam por aplicar anestesia tópica antes de fazer uma frenotomia, mas na maioria dos casos não é necessário, devido que, como comentado anteriormente, é uma zona pouco inervada e que tem pouca sensibilidade.

Antes de proceder ao corte, o cirurgião elevará a língua do bebê com um retrator acanalado que lhe permitirá visualizar o freio. O corte se faz com tesouras cirúrgicas.

As vezes se produz um rápido sangramento sem maior importância, que se detém simplesmente comprimindo a região com uma gaze. Uma vez realizada a frenotomia, o bebê é colocado no peito para mamar.

Convêm advertir que a frenotomia pode não solucionar de imediato os problemas da amamentação. Apesar de que a maioria das mães notam uma melhora instantânea, em outros casos, pode ser necessário realizar exercícios específicos de fisioterapia da sucção e ter paciência até que o bebê aprenda a mamar movendo a língua de maneira correta.

Nos casos dos freios posteriores. Tipos 3 e 4, a frenotomia pode não ser suficiente, devido que há que liberar a língua totalmente do solo da boca. As intervenções que se realizam neste caso se denominam frenuloplastias ou z-plastias.
Estes procedimentos são algo mais complexo que as frenotomias, não se podem realizar de forma ambulatória e requerem anestesia ou sedação, por isso devem ser realizados por cirurgiões.

Fonte: http://www.albalactanciamaterna.org/lactancia/frenillo-lingual-corto-anquiloglosia
Tradução: Sandra C. P.

Publicado originalmente no GVA do Orkut ,em 08/02/2011

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Como identificar sinais de Confusão de Bicos

Por Leidiana Pereira
Revisão: Zioneth Garcia e Luciana Freitas

Por mais que seja um costume cultural e muitos achem que não há problema algum em oferecer mamadeira e/ou chupeta a um bebê, desde os recém-nascidos até os mais velhos, é inquestionável o que sugerem as evidências científicas. Existem vários estudos e textos que indicam malefícios do uso de bicos artificiais. Por exemplo, Carlos Gonzalez, pediatra espanhol apoiador da amamentação, é autor de um texto no qual explica para as mães sobre a confusão de bicos (1). Andréia Stankiewicz, odontopediatra, em seu ensaio “A chupeta: o que toda mãe (e pai) deveria saber antes de oferecer uma chupeta para o seu bebê" (2),  aborda amplamente os malefícios do uso desses bicos. Cristine Nogueira Nunes, doutora em Design, desenvolveu uma  tese reconhecendo os efeitos do desenho da mamadeira em uma abordagem multidisciplinar (3) e, como resultado, criou o blogMamadeira nunca mais.

No Grupo Virtual de Amamentação, sempre chamou a nossa atenção o número expressivo de mães que nos procuram com bebês em processo de desmame por confusão de bicos. Iniciamos, então, a reunir esses casos e o resultado pode parecer surpreendente para aqueles que negam a possibilidade de o bebê que usa bicos artificiais deixar o peito em função disso (4). Muitas vezes acontece de a mãe estar muito cansada, ter que cuidar da casa, ter mais de um filho, estar em época de retorno ao trabalho e não contar com uma rede que possa dar o suporte necessário durante esse período tão importante de amamentação e de cuidados com o bebê. Portanto, esses e outros fatores podem acabar contribuindo para que a chupeta e mamadeira entrem em cena, prejudicando diretamente a amamentação. Os motivos e justificativas para o seu uso são incontáveis, porém é importante salientar que nosso trabalho é  alertar, informar e orientar para que a amamentação transcorra de forma saudável, equilibrada e sem interferência de artifícios não apenas desnecessários, mas prejudiciais à saúde de nossos filhos. Como dissemos anteriormente, não importa se o bebê começou a fazer uso dos bicos artificiais quando sai da maternidade ou quando já está com 18 meses; tampouco importa se usa muitas ou poucas horas por dia: o risco existe, é iminente e pode acontecer a qualquer momento, por mais que a mãe não perceba os sinais.

Em todos os casos acompanhar de perto os diferentes sinais que o bebê oferece é importante para saber identificar as causas das necessidades aumentadas de sucção em cada idade, dessa forma é possível oferecer alternativas que satisfaçam realmente as necessidades do bebê. Não é raro a necessidade de sucção aumentar nos picos de crescimento e saltos de desenvolvimento, essa sucção aumentada é o mecanismo que o organismo do bebê tem para sinalizar ao corpo da sua mãe que deve aumentar a produção de leite materno para a próxima fase de vida, e nesses casos o uso de chupetas e mamadeiras podem atrapalhar enormemente a adequação da produção de leite materno à nova fase de vida do bebê. Muitas vezes a chupeta é um mecanismo usado para acalmar o bebê enquanto sua mãe ou cuidador realiza outras tarefas. Porém, aprender a priorizar, delegar e adiar as outras atividades é importante para conseguir observar e atender as necessidades dos bebês no tempo certo. O bebê que pede sucção está pedindo sua mãe e ao receber uma chupeta pode acabar dormindo sem mamar, de fralda suja, com uma etiqueta incomodando ou simplesmente com a sensação de ter sido abandonado. O uso de carregadores, ninho e diferentes estratégias para alongar as sonecas pode permitir a realização de algumas tarefas domesticas sem precisar que o bebê supra a sucção com bicos artificiais.  Quando o bebê é deixado ao cuidado de terceiros mais que a sucção é importante suprir a demanda de atenção e carinho, se ele é amamentado suprirá sua demanda de sucção com sua mãe. A alimentação pode ser oferecida em copinho, colher ou copinho de transição de bico rígido e sem válvula. Em casos em que o bebê procura na sucção o alivio para o mal-estar da dentição podem ser usados como alternativas o uso de mordedores geladinhos, massagens na gengiva com os dedos da mãe ou pai ou mesmo oferecer picolé de leite materno, dessa forma o bebê obterá o alivio que precisa.
Aqui vamos ater-nos exatamente neste ponto: quais os sinais que o bebê amamentado que também faz uso de chupetas ou mamadeiras dá quando está passando pela confusão de bicos? Vamos dividi-los em três grupos distintos: sinais moderados, graves e muito graves.

SINAIS MODERADOS: 
  • morder o seio com maior frequência;
  • apresentar dificuldade para realizar a pega do seio inicialmente, ele pode abocanhar o seio segurando-o pelo mamilo, pode ser necessário ajudá-lo a abrir a boca para acertar a pega;
  • ao final da mamada empurra o seio para fora da boca para segurar apenas o mamilo;
  • aceitar mamar apenas quando está dormindo ou sonolento;
  • deixar os mamilos feridos ou assados após a mamada.

SINAIS GRAVES: 
  • chorar ao final das mamadas, querendo pegar a chupeta para dormir;
  • chorar ou "brigar" com o seio no começo da mamada porque não sai leite materno imediatamente;
  • recusar o seio como consolo em diversas situações.
  
SINAIS MUITO GRAVES: 
  • ter ânsia de vômito quando abocanha o seio;
  • preferir claramente a mamadeira ou a chupeta ao seio;
  • pouco ganho de peso.

As mães que amamentam e que desejam manter o aleitamento devem ter a atenção voltada ao bebê, caso faça uso dos bicos artificiais, pois esses sinais são importantes e servem de alerta de que algo não está bem com a amamentação. Nos casos de bebês que apresentem um ou mais sinais semelhantes aos da confusão de bicos e que realmente não façam nenhum tipo de uso de bicos artificiais, outras possibilidades devem ser levantadas, de preferência com o acompanhamento de um profissional ou de um grupo de apoio à amamentação.

As recomendações da Organização Mundial da Saúde, que são, em geral, seguidas pelos respectivos Ministérios da Saúde dos países, são muito claras em relação à amamentação, destacando-se aqui o número 9: “Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas.” (5). Devemos entender que essa orientação não pode ser infundada e tomarmos consciência de que o uso de bicos artificiais por lactentes pode causar um desmame precoce, leia-se, aquele que ocorre antes dos 2 anos de idade da criança, além de outros problemas, de diversas naturezas.

Cabe às mães, pais e cuidadores em geral, oferecer aos bebês todo apoio emocional e nutricional de que eles necessitam, preferencialmente sem a interferência de apoios artificiais. Bebê precisa de calor humano e não de uma borracha que tenta imitar o seio materno.

Referências

1. Carlos González. 2009. Comer, Amar, Mamar. Madrid: Temasdehoy, p.288-291.

2. Stankiewicz, Andréia. A chupeta: O que toda mãe (e pai) deveria saber antes de oferecer uma chupeta para o seu bebê. Disponível em:http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/07/a-chupeta-o-que-toda-mae-e-pai-deveria.html

3. Nunes, Cristine Nogueira. O design da mamadeira  por uma avaliação periódica da produção industrial. Disponível em:http://www.bvsam.icict.fiocruz.br/lildbi/docsonline/pdf/Cristine_Nogueira_Nunes.pdf 

4. Grupo Virtual de Amamentação. Confusão de Bicos é real. 2014. Disponivel em:

5.UNICEF. Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno. Disponível em:http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_9999.htm

Relatos de confusão de Bicos

Por Mães GVA.

N. R. - 03/01/2015"Usei chupeta nas primeiras semanas pq estava desesperada. Sabia que não era recomendado, mas minha filha chorava muito e não conseguia dormir. Eu colocava no colo, sacudia, mas nem sempre dava o peito. Eu pensava:"Ela não pode estar com fome, acabou de mamar. E foi ela mesma que largou o peito." Tinha medo de dar leite demais. Então eu li um texto sobre livre demanda aqui no grupo e me ajudou a entender que isso é normal. O bebê se distrai, para de mamar, tira um cochilo e logo pode perceber que ainda está com fome. Aprendi a confiar nos sinais que ela me dava e a entender que ela não pede nada além do necessário para ELA que não é igual ao filho da vizinha, da prima, da colega de trabalho... Aprendi também que a gente não deve esperar o bebê chorar pra dar o peito. Ele sinaliza bem antes disso. Posso ficar uma hora ou mais amamentando, mas depois de cada mamada minha filha dorme três horas ou mais. Ela não chora, não fica com fome nem com sono. Eu não fico nervosa. Consigo descansar e fazer um monte de coisas durante as sonecas dela. Lembro bem que esse texto falava que livre demanda não é escravidão, que escravidão era o relógio. A livre demanda é liberdade. Pra nós e para os bebês. Agora eu sei disso.

L. S. - 03/01/2015"Boa Noite GVA...
Eu gostaria de uma orientação..sou mãe de primeira viagem e acho que fiz tudo errado e agora queria corrigir os meus erros...
então, minha bebe nasceu dia 12/11 e ja na maternidade dormia muito e não acordava pra mamar,eu tinha que acorda-la a cada 2 horas e tirar toda a roupinha pra ela acordar mesmo...enfim, viemos pra casa.Na primeira consulta a pediatra disse que estava tudo bem que ela estava engordando oque era preciso e tal, mas continuava tendo q acorda-la pra mamar. Na segunda consulta, ela não tinha engordado o suficiente e viu q a péga estava errada. Dai ela chorava muito, mas muito mesmo na hora de mamar ...enfim, acabei dando complemento na mamadeira...e dando peito também...só q agora ela não quer mais pegar o peito, chora, fica vermelha, até parece q tá com cólica, mas não tá, porque é só colocar a mamadeira que ela mama que é uma beleza...ah e também dei chupeta, tanto q quando ela tá no carrinho e cai a chupeta geralmente ela fica brava e chora, é só colocar e ela se acalma...então, agora lendo mais sobre o assunto, será que é confusão de bicos? Será q eu ainda consigo fazer ela mamar no peito? fico muito aborrecida com isso, me sinto tão incapaz ,não me sinto "mãe" de verdade sabe...por favor, se alguém puder me ajudar eu agradeço. obs: estou tirando meu leite e dando na mamadeira também além do LA. Obrigada!"

K. S. - 03/01/2015"Decidi jogar a chupeta do bb de 3 meses no lixo a 2 semanas! Mesmo com toda família CONTRA agora sei q foi o melhor! Mas fiquei com uma dor no coração muito grande agora de pensar como será qdo meu bb de 2 anos q chupa chupeta desde o 3 dia de vida parar-será espontâneo terá traumas? ....Mesmo não tendo as informações q tenho hj me sinto culpada pela sua dependência e possível sofrimento!"

I. R. M. – 02/01/2015

“Esse grupo é ótimo porque se não fosse por vcs minha filha já não ia mais mamar no peito! Ela chupava chupeta e não mamava,queria só a chupeta o pediatra disse q ela passava fome e mandou dar o Nan,tive muitoooo apoio do grupo e em especial da Bia Câmara, e agora posso dizer que minha BB mama só no peito e sem chupeta!!! Meu peito acalma ela não precisamos de ajuda da chupeta e dormimos juntinhas agarradinhas e é o melhor pra mim e pra ela... Obrigada Bia”


K. S. – 02/01/2015
“Quando minha filha tinha 3 meses precisei da ajudado grupo pois minha produção havia diminuído muito e a minha chupava a chupeta não era muito ela usava para dormir mas chupava o primeiro conselho foi tirar a chupeta dela e assim fiz ela reclamou uns 2dias ... E nesses 2 dias notei a minha produção aumentar bastante... No começo usei o bico de silicone tb pois meus seios estavam muito machucados ... Mas notei tb q ela não queria pegar meu seio sem o bico então tirei o bico e procurei acertar a pega dela ... Consegui com ela pegasse certinho o meu seio !Pronto as rachaduras melhoram.”

M. L. – 02/01/2015
“Com 2 meses, meus dois seios empedraram e um seio machucou muito . Tirei com a bombinha e dei na mamadeira acredito que no máximo, 5 vezes. Depois disso foi um terror, a produção baixou, ele tava pegando o peito errado, não engordou o esperado. Tudo isso por, 5 mamadeiras !”

D. F. M. - 31/12/2014
"Meninaaas, estou literalmente desesperada!
Minha filha tem nove meses e mama LM desde que nasceu, só que desde ontem ela ta recusando um pouco o peito, ela come papinha doce e salgada, só que o meu desespero é pq ela não esta mais querendo mamar direito!
Agora a pouco msm,ela estava chorando, e eu tenho certeza que ela estava com fome e sono, so consegui fazer ela mamar, depois que ela adormeceu um pouco. Não sei o que fazer, e o pior é que ela não pega mamadeira de jeito nenhum! Alguém ja passou por isso? Preciso de ajuda, por favoooor"

P. S. - 16/12/2014
"Olha por experiência própria eu digo que tirar a chupeta completamente vai ajudar 100%. Tive meu bebê internado na neonatologia por 18 dias, eu tinha acabado de passar por um parto de mais de 12h...não passava as noites no hospital com ele. Consequência...introdução do LA e chupeta, para o meu desespero ele parecia muito satisfeito com a chupeta. Depois de 15 dias minha produção de leite havia diminuído bruscamente devido o stress e o cansaço, cheguei a ter febre de 39 graus...somente pelo cansaço. Me desesperei completamente e quando ele veio para casa veio junto uma lata de LA e uma chupeta idêntica a que ele usava no hospital. Eu olhava a lata de leite e chorava...todas as vezes que dei a ele era debaixo de muito choro meu, pq eu não aceitava de jeito nenhum. Ele usou a chupeta por uma semana, compramos outra igual mas de outro material...colocava na boca dele e ele chorava.  Foi aí que tomei coragem, cortei o LA de uma só vez. Confesso que pensei em desistir muitas vezes pq não tive apoio algum, todos achavam (e aínda acham) que ele passa tempo demais no peito. Fiquei dias sem fazer nada além de tratar dele e estar com ele no peito. Hoje com quase 3 meses ele mama só o peito, quando e quanto quer. Mas exigiu paciência e determinação minha, a minha convicção de que ele não precisa de mais nada além do peito foi um dos principais fatores que me auxiliaram. Quem não tem essa convicção fica difícil de tirar o LA."

E. V. - 05/12/2014
"Acabei dando chupeta pro meu bebê logo nos primeiros dias mais por pressão externa do que por minha vontade. Proximo dos 3 meses, acho que juntamente com a crise dessa idade, era muito dificil fazer ele mamar tranquilamente. Eu precisava ficar em pé com ele no peito e ainda me balançando. Decidi tirar a chupeta aos 4 meses, mas é claro, precisei dar algo "em troca" para substituir a bendita. Dei o peito! Toda vez que o colocava pra dormir, ele chorava muito e não pegava o peito. Nos primeiros dias, cedi à chupeta até ele se acalmar mas logo tirava e tentava o peito novamente. Nao foi facil e só consegui faze-lo esquecer a chupeta e aceitar o peito quando realmente deixei a chupeta de lado e insisti no que eu achava ser melhor. Coincidencia ou nao (nao foi!), depois da retirada da chupeta aos 4 meses, nossa vida ficou muito mais tranquila e ele começou a mamar muito melhor e mais calmamemte. Se nao fosse pela ajuda das meninas do GVA, eu teria acreditado que a irritaçao dele era por q meu leite nao estava sendo suficiente e fatalmente teria iniciado complemento. Felizmente, acreditei que a chupeta poderia estar sendo o problema e a retirei. Nao foi facil, mas eu só pensava no quanto eu queria que meu filho fosse amamentado até quando ele precisasse. Deu certo! Hoje com 22 meses ainda amamento muito e tenho tanto leite quanto meu filho precisa! Em periodos que ele mama mais, tenho mais leite, quando mama menos, produzo menos. As pessoas podem achar que o "nunca" dar chupeta ou outros bicos é radical demais. Pra mim, radical é "enganar" o bebê fazendo com que ele ao final pare de mamar "por si só", sendo que essa nao era sua vontade antes da introducao da chupeta. E quanto aos outros bicos e copos com válvula, tb posso dizer q com cerca de 1 ano, ao dar copo com válvula pra ele algumas vezes, a amamentacao se tornou dolorida. Parecia que ele estava desaprendendo a mamar. Enfim, as informações estão aí. Quem quer insiste e faz, quem não quer arranja desculpas."

R. T. F. -14/11/2014
"Oi gente, há 4 dias to percebendo que minha bebê tá fazendo a confusão de bicos, e ontem tirei a chupeta dela. Ela chora bastante pra dormir, mais eu vou e coloco o peito na boca dela. Tomara que eu não fraqueje."

S. B. -13/11/2014
"Meu bebê está mamando muito pouco, só quando o peito está cheio, acho q tem preguiça de sugar por causa da mamadeira que tive que dar por que ele não ganhava peso. Será que se eu usar a bomba elétrica de tirar leite eu consigo tirar umas duas mamadeiras de lm pelo menos, tenho medo do meu leite acabar. Ah e como eu sei que meu peito está secando.? Chupa [chupeta] sim, não sei como tirar a mamadeira. O leite não tá saindo muito mais, tento tirar mas só saem umas gotinhas"

F. M. - 30/10/2014
"O B está com 2m10d e de uns dias pra cá passou a dormir só com chupeta.. mama apenas LM em LD e percebi de 2 dias pra cá que ele chora MUITO no peito, só mama mesmo quando está com MUITa fome... as vezes passa até 4 hrs sem mamar... to achando que está fazendo confusão de bicos. Quero reverter essa situação antes que ele desmame, pois seria terrível se isso acontecesse, tenho muuuuito leite. Se eu tirar a chupeta, resolve o problema? o que mais tenho que fazer?? É aquela história... as avós insistiram com a chupeta, mesmo contra minha vontade... achei que não teria problemas, pois sempre mamou muito bem... graças a Deus percebi a tempo antes do desmame... vou tirar a chupeta, mesmo q ele chore muito no peito ainda, há risco de desmame?"

F. C. - 30/10/2014
"Minha bebê só mama enganando ela com chupeta, é raro as vezes que pega o peito de cara, não sei mais o que faço!"

M. S. - 26/10/2014
"Bom, meu filho tem 03 meses e ultimamente ao mamar ele para e fica olhando as coisas ao redor, sorrir, conversa, brinca e depois volta ao peito. Descobri que minha mãe as vezes da chupeta a ele que recusa diversas vezes e com a insistência acaba cedendo. Ele não demora muito porque empurra com a língua. Ele também chupa língua ao dormir desde 1 mês. Essa inquietação na hora da mama ocorre sempre durante o dia. É normal? Ou será que as pouquíssimas vezes que ele usa o bico influencia???"

C. S. C. - 26/10/2014
"Pensei que fosse só a minha mãe a impingir a chupeta no meu bebe! No meu caso foi quando voltamos pra casa da maternidade, dá-lhe chupeta! Ainda tentei impedir uns dias mas depois com tanta coisa pra pensar ficar discutindo por causa de chupeta desisti! Ele nunca ligou muito mas agora lendo vi que coincidiu a altura que ele deixou de querer mamar e quando começou a usar mais a chupeta..."


L. D. - 21/10/2014
"Minha bebê fez 3 meses. Há uns 20 dias ela começou a chorar muito durante a mamada, cheguei a pensar que meu leite estava secando, mas quando ordenho sai em jato. Ela chora e recusa o peito e eu fico com medo de ela perder peso. O pediatra disse pra eu insistir, mas ela chora muito. Alguém já passou por isso e sabe o que pode ser?
Ela só mama peito e usa sim chupeta, mas usa desde o segundo dia de vida. Não acredito que seja confusão de bicos pois quando está com fome ela procura o peito e rejeita a chupeta, caso alguém ofereça enquanto estou ausente, por exemplo. A noite ela mama melhor, quando está satisfeita, simplesmente solta o peito. Mas de dia ela larga o peito aos prantos. Me falaram que era refluxo, mas minha filha nem é de golfar."

L.C. – 19/10/14
“Tenho uma bebe de 3 meses, e desde que ela nasceu foi uma dificuldade pra pegar o peito. Ela pegou com 4 dias só depois de aprender a chupar bico (chupeta). Não era questão de má pega,ela simplesmente gritava e se desesperava quando encostava a boca no mamilo. Foi um sofrimento só,pois tenho muiitoooo leite. De um mês pra cá ela começou a chorar de novo, que às vezes só consigo dar mama com ela dormindo( enganando ela). Agora tem dois dias que ela chega a ficar 6hs sem mamar. To desesperada,não quero que ela passe fome. Ontem empedrou meu peito e tive febre novamente. Sem contar o stress, cansaço e tudo mais, pois e quase uma luta corporal eu e ela.”


M. N. – 17/10/2014
“Gente, li esse tópico e vim aqui contar minha experiência com a chupeta. Quando meu filho nasceu, eu já sabia dos malefícios da chupeta, mas por pressão de mãe e marido, e também porque meu filho não curtia de jeito nenhum chupetar o peito, acabei cedendo quando ele fez 1 mês de vida. No início, era mais pra dormir, mas com o passar do tempo ele foi ficando cada vez mais com essa chupeta na boca. Quando ele fez 4 meses e a produção do leite se ajustou, percebi que ele se irritava para mamar.Brigava mesmo com o peito. Ameacei tirar a chupeta mas não consegui o apoio da família e desisti. Seguimos com AME até 6 meses e iniciamos a IA. Daí os problemas vieram. Meu filho brigava cada vez mais com o peito e diminuiu substancialmente as mamadas, a ponto de ficar com fome e eu dar fruta para ele à meia-noite. Depois dessa crise, marquei consulta com um pediatra especialista em amamentação e levei marido e mãe à tiracolo. Foi batata: confusão de bicos por causa da chupeta.
Resultado: naquele mesmo dia jogamos a chupeta fora e, pra minha surpresa, meu filho ficou muito bem sem ela. Começou a mamar muito mais e melhor. Ganhou mais de 200g em uma semana(sendo que esse era o ganho de peso mensal nos últimos 2 meses). Tivemos que suspender a IA nessa semana para retomar a amamentação e foi a melhor coisa que fizemos. Minha lição disso tudo foi: nós, pais, somos mais dependentes da chupeta do que nossos filhos."

C.G. – 16/10/2014
“Minha bebe tem 3 meses e meio, e estava ficando irritada no peito, também só dormia com a chupeta, tenho certeza que estava confundindo os bicos, e como eu quero amamentar muitoooooooo joguei a chupeta de uma hora pra outra, quando quer dormir coloco no peito, antes não queria pegar, chorava, mas agora pega e dorme mamando, muito mais prazeroso e não corro o risco dela desmamar.”

L. M. - 1/10/2014
"Meu bebê tem 11 meses e meio, mamou LME até 6m. Hoje almoça e janta bem, come frutas (pouco, às vezes rejeita) de manhã e a tarde. Depois que voltei ao trabalho (com 7m) ele fica em casa com minha mãe, que dava meu leite 1x na mamadeira, ele fez greve de amamentação (com 9m) por 5 dias, eu sumi com mamadeiras e chupeta e, com muita insistência e muito carinho, ele voltou a mamar!!"

J. C. - 04/09/2014
"Tenho um bebê de 15 meses. Nasceu com PN, mamou exclusivamente LM em LD até os 6 meses, IA correu sem problema, come muito bem. Mede 80 cm e pesa kg 10,800. Desde que tinha 8 meses que mama apenas de madrugada, quando acorda. Durante o dia eu trabalho e ele foi se desinteressando pelo leite que eu ordenhava. Vinha mamando 1 a 2 vezes a noite nos últimos meses, até que parou de acordar para mamar nessa última semana de uma hora para a outra, depois da volta para casa de uma viagem. Nunca usou mamadeira, mas usa chupeta para as sonecas do dia, quando não estou em casa (desde os 6 meses), mas apenas para ajudar a pegar no sono. Tentei oferecer leite no copinho a noite, antes dele dormir, e de manhã, assim que ele acorda, mas ele não quer tomar. Já está sem mamar há 7 dias e meu leite está secando. Sei que foi um desmame precoce. Sei que a chupeta, mesmo com o uso bem limitado, deve ter contribuído para isso. Nessa idade o pediatra diz que o leite ainda é importante e passou LA (240 ml 2 vezes por dia), mas o bebê não toma. Esse grupo me ajudou muito nos primeiros 6 meses da amamentação. O que vocês acham que eu devo fazer? Eu achei que com essa idade, 15 meses, já não haveria confusão de bicos, ainda mais com um uso tão limitado da chupeta. "


T. N. -20/8/2014
"Olá, meu filho hoje tem 2 meses e 8 dias. 
Ele é bastante faminto e eu estou percebendo que meu leite está sendo pouco pra ele porque no começo quando sai do hospital meu peito era bem cheio, até empedrava, agora vive murcho e ele vive brigando com o peito, mama e chora, fica bravo. Cheguei até dar complemento algumas vezes de noite para ele dormir
... enfim, Me ajudem!! Ele pegou bico assim que chegamos do hospital, com 3 dias de vida porque só mamava o colostro e ficava chorando com fome e pra entreter eu dei o bico e ele gostou, logo o pediatra do hospital me falou que como ele nasceu com 4,200kg ele ia sentir muita fome. Que então eu poderia dar o complemento nesses primeiros dias até meu leite vir de vez. Ai logo depois de uns dois dias meu peito ficava muito cheio então não dei mais complemento.
Como eu disse eu dei só nos primeiros dias que não desceu leite e guardei a lata. Agora com 2 meses ele fica brigando com o peito e não dorme de fome eu peguei a lata de volta e preparo quando ele não consegue dormir."



C. M. R.- 28/7/2014
“Minha bebe tem dois meses e meio e sempre mamou bem, apesar q saiu do hospital tomando mamadeira assim q pegou o peito não quis saber mais dela, mas to enfrentando problemas com a "famosa" chupeta, bem como li aqui ela ta sofrendo com a confusão dos bicos... Cada vez q vai mamar briga e se joga pra trás e quando pega o peito (depois de acalmá-la) ela me machuca...
Já sei q tenho q tirar a chupeta dela, to tentando, mas ela fica desesperada (chega ficar roxa chorando) aí fico com dó e acabo dando a chupeta de novo....Poderiam me dar uma dica pra eu conseguir tira a chupeta sem grande sofrimento pra ela?
Desde já agradeço!”


A. M. - 30/12/2013
“Meninas, abandonei a chupeta depois de cair na besteira de ter dado no desespero. Foram quinze dias com ela e minha filha ganhou pouco peso e mudou a pega. Voltou a ganhar mais peso e está mamando muito mais! Mas ainda estou preocupada porque não consigo corrigira pega... Preciso de ajuda de mães que já passaram por isso. Os lábios dela ficam pra dentro e eu puxo pra fora todas às vezes, mas ela fica irritada e a hora da mamada tem se tornado estressante em vez de ser um momento prazeroso.Tenho vontade de chorar às vezes, pois sei que é por culpa minha por ter dado a chupeta. Tenho medo de nunca mais ela pegar do jeito certo.”


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