Você já escutou esse tipo de coisa? Estão te pressionando a desmamar?
Publique no seu Facebook um relato em modo público com a hashtag #mandoudesmamar.
O GVA está fazendo uma campanha para que as mães contem suas experiências: precisamos falar sobre isso!
Todos os dias ouvimos relatos de mães que receberam a sentença: tem que desmamar. Quem decidiu? Profissionais da área da saúde (médicos, enfermeiros, dentistas, ...), a escola, a babá, a avó, vizinhos... sob as mais diversas alegações e motivos, entre os mais comuns: porque a criança não se alimenta conforme as expectativas dos adultos; porque a criança chora quando a mãe se afasta; porque a criança acorda de madrugada; porque a criança tem cárie ou para evitar que tenha; porque a criança "está muito grande" pra mamar; porque a mãe está muito magra; porque a mãe quer emagrecer; porque a mãe precisa fazer tratamento médico ou odontológico.
Salvo raros casos de doenças graves que não possuem tratamento compatível, essas indicações não tem fundamento, seja quando o bebê tem 3-6-9 meses, sejam com 1-2-n anos.
Só cabe à mãe e à criança decidirem a hora do desmame.
Os links abaixo explicam porque a maioria dos motivos usados para indicações de desmame são infundados:
1) Só a mãe e a criança podem decidir a hora do desmame:
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/08/para-quem-escolheu-amamentar-liberdade.html
2) Existem muitos medicamentos (e também anestesias, para o caso de cirurgia ou tratamento dentário) que são compatíveis com a amamentação (ou possuem substituto compatível). A maioria das mães não precisa desmamar para fazer tratamentos: http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/06/estou-amamentando-posso-tomar.html
3) Leite materno nunca vira água:
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/07/como-o-leite-materno-vira-agua-e-vaca.html
4) A indicação da OMS de amamentar por 2 anos ou mais não serve só para famílias pobres:
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/08/amamentar-nao-e-bom-apenas-por-3-6-ou.html
5) Leite materno não causa cáries:
https://www.facebook.com/gvamamentacao/photos/a.758574380861595.1073741838.166584723393900/774642772588089/?type=1&theater
6) Amamentação não torna a criança dependente nem insegura:
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/08/amamentar-nao-torna-crianca-insegura.html
7) Volta ao trabalho não é motivo para desmame:
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/11/volta-ao-trabalho-e-ausencia-ocacional.html
8) Nova gravidez não é motivo para desmame:
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/07/amamentacao-durante-gravidez.html
9) Amamentar em tandem é possível e é benéfico:
https://www.facebook.com/gvamamentacao/photos/a.758574380861595.1073741838.166584723393900/769839976401702/?type=1&theater
10) Amamentação continuada não é carência materna:
https://www.facebook.com/gvamamentacao/photos/a.758574380861595.1073741838.166584723393900/778931888825844/?type=1&theater
11) A manutenção da amamentação é indicada para bebês com alergia alimentar:
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2016/10/carta-de-uma-mae-aplv-um-pediatra.html
12) Bebê desmamado não dorme melhor. Diferenças no sono do bebê que mama ou toma Leite artificial:
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/03/diferencas-do-sono-do-bebe-que-e.html
13) Amamentação Continuada: Os benefícios da amamentação para lactentes e crianças pequenas nutricional, imunológica e psicologicamente:
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/07/amamentacao-continuada-os-beneficios-da.html
Mostrando postagens com marcador volta ao trabalho. Mostrar todas as postagens
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sábado, 29 de outubro de 2016
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Meu bebê mama para dormir. Tenho dúvida se isso é correto.
O ato de sugar para se acalmar e dormir é algo tão natural e instintivo que o bebê o faz desde o útero, sugando o dedo. Alguns bebês são flagrados fazendo isso nas ecografias, mas isso não significa que os outros não façam o mesmo - todo bebê suga o dedo dentro da barriga.
Depois que nasce é natural o bebê sugar o peito para dormir - para o bebê é instintivo fazer isso, então ele pede peito quando está com sono e adormece sugando. E quando a mãe não estiver por perto, o que fazer? O bebê vai se acalmar e dormir sem peito e sem chupeta?
Os bebês são capazes de adormecer de outra forma se a mãe não está perto - alguns adormecem com o balanço da rede ou carrinho, para outros basta cantar e fazer carinho, alguns são ninados no colo, outros descobrem o dedinho e passam a sugá-lo (e isso não é um problema - veja: http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/01/se-o-bebe-esta-chupando-o-dedo-o-que.html) - o importante é que o bebê tenha confiança no cuidador e esteja acostumado com ele (fazer adaptação é muito importante - veja aqui: http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/08/adaptacao-um-novo-cuidador-em-4-passos.html). É um erro pensar em dar chupeta, pois além de não ser necessário, a chupeta pode causar desmame e muitos outros problemas (http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2014/07/a-chupeta-o-que-toda-mae-e-pai-deveria.html).
E se mesmo assim a mãe quiser que o bebê durma sem peito, até quando estiver com ela? Alguns bebês podem até aceitar isso, mas a maioria vai protestar, afinal o bebê não entende porque o peito está sendo negado. Se a mãe insiste o bebê chora desesperadamente, passa da hora de dormir, desregula as sonecas, entra em efeito vulcão (http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2013/06/o-efeito-vulcao-pular-sonecas-produz.html), começa a pedir mais e mais peito e a mãe entra na neura do "leite fraco/pouco leite". Percebeu que isso não é uma boa ideia? Se a mãe simplesmente respeita a natureza ela tem um bebê descansado, feliz, que mama normalmente, e a mãe não duvida da sua capacidade de nutrir seu filho.
E até quando o bebê precisa do peito para dormir? Cada bebê tem o seu momento de conseguir dormir sozinho - sim, eles chegam nessa fase naturalmente - mas se a mãe está incomodada com este hábito ela pode fazer a Remoção Gentil a partir de 1 ano (http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/04/quando-o-seu-bebe-acorda-frequentemente.html).
Muitas mães passaram por isso e conseguiram se ausentar sem precisar de chupeta - você não está sozinha. Neste vídeo a moderadora Gabriela Silva fala sobre volta ao trabalho, adaptação a um novo cuidador, como acalmar e fazer um bebê dormir sem chupeta:https://youtu.be/TGU7e7Z7lFc .
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Volta ao Trabalho e Ausência Ocasional da Mãe
Voltar ao trabalho não é sinônimo de interrupção do aleitamento materno. Se você se programa, pode estocar LM suficiente para garantir o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade, manter o aleitamento materno durante a introdução alimentar e na amamentação continuada.
Neste material você encontrará a resposta às perguntas mais comuns relacionadas com a sua volta ao trabalho ou ausência ocasional - foi criado juntando a experiência de muitas mães, informações técnicas de órgãos de saúde e organizações dedicadas á promoção da amamentação em nível nacional e mundial.
Como ordenhar, como aumentar a produção de Leite para conseguir ordenhar
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/11/volta-ao-trabalho-ordenha.html
Como armazenar, transportar e descongelar o Leite Materno
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/11/armazenamento-e-descongelamento-do.html
Como oferecer o LM? E se o bebê não aceitar o LM ordenhado?
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/11/como-o-oferecer-o-leite-materno.html
Quanto LM deixar para meu bebê
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/11/quanto-lm-devo-deixar-para-meu-bebe.htmlComo oferecer o LM? E se o bebê não aceitar o LM ordenhado?
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/11/como-o-oferecer-o-leite-materno.html
Quanto LM deixar para meu bebê
Adaptação à nova rotina
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/11/adaptacao-do-bebe-nova-rotina-apos-mae.html
Introdução de alimentos e LA na volta ao trabalho - é necessário?
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/11/introducao-de-alimentos-e-la-na-volta.html
Amamentando ao volta para casa - continua a livre demanda? Como descansar se o bebê mama a noite toda?
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/11/amamentacao-apos-volta-ao-trabalho.html
Direitos da mãe lactante
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/11/direitos-da-mae-lactante.html
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/11/direitos-da-mae-lactante.html
É possível realmente amamentar e trabalhar? Como fica a saudade do bebê? E o rendimento no trabalho?
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/11/e-realmente-possivel-amamentar-e.html
Vídeos da SMAM 2015 - Moderadoras do GVA contam suas experiências de volta ao trabalho
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/08/semana-mundial-de-aleitamento-materno.html
Volta ao Trabalho - Ordenha
Como devo proceder com a ordenha?
O primeiro é pensar de forma positiva, tem muitas formas de ajudar aumentar seu estoque de LM rapidamente. Preferencialm
Você precisará, para começar a sua ordenha, de:
- potes de vidro com tampa plástica (esterilizar em água quente);
- bomba elétrica (pode ordenhar manualmente ou com a bombinha normal, mas a bomba elétrica é mais prática e vai te poupar um tempo precioso);
- uma bolsa térmica com saquinhos de gelo para transportar o leite materno que você coletou no trabalho;
- etiquetas com datas para os potes;
- uma foto do bebê pra ordenhar no trabalho (pode parecer bobo, mas muitas mães relatam que a descida do leite e a ordenha são mais fáceis quando tem algum objeto que pertence ao bebê, com o cheiro dele, por perto - uma fralda, roupinha, até uma foto serve).
Você não precisa ordenhar 100 mL de uma vez só, pode ordenhar ao longo do dia e os poucos mL que conseguir vá juntando no mesmo pote no congelador até completar a dose certa para o peso de seu bebê. Para aumentar seu estoque aproveite ao máximo o estímulo do bebê no peito - pode ordenhar de um lado enquanto o bebê mama do outro, ordenhar depois que o bebê dormir do lado que ele não mamou, ordenhar de manhã assim que acorda do peito que ficou guardado de madrugada, ordenhar de noite quando o bebê dorme a noite toda - mas cuidado, preste atenção à intensidade da ordenha se usa bombinha elétrica para que não machuque seu peito. Se você quer armazenar potes de 50mL e só consegue ordenhar 30mL, por exemplo, pode ordenhar uma nova quantidade mais tarde e juntar no mesmo pote. Se você só conseguir completar o pote alguns dias depois, não tem problema. O leite pode ser adicionado ao pote quantas vezes forem necessárias, entretanto a validade que conta é aquela da primeira vez em que você colocou leite no potinho.
Ordenha Manual ou com Bomba? Qual Bomba?
A eleição do método de extração do LM dependerá da sua habilidade e da quantidade de LM que precisa. Para quantidades maiores e por facilidade recomendamos o uso de bombinha elétrica, você pode alugar, comprar ou até emprestar de alguém. Veja aqui uma vídeo-aula sobre ordenha manual
https://youtu.be/hI76D2qJpvc
Veja aqui uma enquete sobre as bombinhas tira leite
https://www.facebook.com/
No seu serviço você pode ordenhar, e armazenar em um isopor com gelo-gel, para manter frio e depois congelar em casa. Em um refrigerador o LM vai durar 24 hs em temperatura entre 5-10° (sem congelar), em temperatura ambiente (19-25°) o LM pode durar entre 4-6 hs.
Como começar o estoque?
A ordenha deve ser feita TODOS OS DIAS, para não deixar a produção de leite baixar. Finais de semana e feriados são dias importantes para ordenha também, visto que você estará mais relaxada e descansada, facilitando a ordenha. Não deixe de ordenhar nenhum dia! Quando você voltar pra casa e o bebê for mamar, você pode ordenhar o outro peito, pois assim terá o estímulo do bebê. Para isso a bomba elétrica ou uma boa bomba manual de gatilho (que possa operar com uma mão) é fundamental! É importante também ter um estoque de leite materno. Assim, se algum dia você não conseguir ordenhar ou se acontecer algum imprevisto, você não precisará oferecer leites artificiais.
Ordenha de emergência, como proceder?
Algumas vezes, com a correria do dia-a-dia, acabamos não conseguindo ordenhar a quantidade necessária. O que pode ser feito, em casos de urgência, é amamentar a noite somente em um seio e ordenhar o outro pela manhã, pois este deverá ficar ingurgitado durante a noite. Esse tipo de técnica não pode ser utilizada todos os dias, pois a tendência do corpo da mãe é achar que aquele leite que está sendo produzido não está sendo mamado e passar a produzir menos leite do que o necessário para o bebê se saciar. Não faça isso mais do que 2x por semana.
Não tenho Leite suficiente para Estocar, o que fazer?
Não desanime, a ordenha é questão de prática. Vá tentando, lembre que o peito produz enquanto o bebê mama então uma boa dica é ordenhar de um lado enquanto o bebê mama do outro. Conforme for estabelecida a rotina de ordenha seu corpo entenderá que naqueles horários precisa produzir leite, e passará a produzir mais.
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Adaptação do bebê à nova rotina
Como acostumar o bebê e o cuidador à nova rotina?
Recomendamos que dedique as suas últimas semanas em casa para acompanhar a adaptação ao novo cuidador, assim você e ele (a) poderão analisar a situação e testar diferentes jeitos e horários de oferecer o LM na sua ausência. A ideia da adaptação é ir deixando o bebê sozinho com o cuidador inicialmente por períodos curtos que irão aumentando gradualmente até chegar ao total da sua jornada laboral. Esse período deve ocorrer antes mesmo da sua volta efetiva ao trabalho justamente para vocês poderem adaptar a nova rotina.
Veja: Adaptação a um novo cuidador em 4 passos http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/08/adaptacao-um-novo-cuidador-em-4-passos.html
O mais importante é se sentir segura e confiar no novo cuidador, isso permitirá que seu filho também confie nele e facilitará a adaptação. Ao tratar com qualquer cuidador, seja pago ou não, não esqueça que a mãe é você e portanto é você quem decide sobre seu filho.
Recomendamos que dedique as suas últimas semanas em casa para acompanhar a adaptação ao novo cuidador, assim você e ele (a) poderão analisar a situação e testar diferentes jeitos e horários de oferecer o LM na sua ausência. A ideia da adaptação é ir deixando o bebê sozinho com o cuidador inicialmente por períodos curtos que irão aumentando gradualmente até chegar ao total da sua jornada laboral. Esse período deve ocorrer antes mesmo da sua volta efetiva ao trabalho justamente para vocês poderem adaptar a nova rotina.
Veja: Adaptação a um novo cuidador em 4 passos http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2015/08/adaptacao-um-novo-cuidador-em-4-passos.html
O mais importante é se sentir segura e confiar no novo cuidador, isso permitirá que seu filho também confie nele e facilitará a adaptação. Ao tratar com qualquer cuidador, seja pago ou não, não esqueça que a mãe é você e portanto é você quem decide sobre seu filho.
Devo começar desde já a acostumá-lo sem peito?
Não precisa limitar o peito enquanto você estiver com o bebê, pelo contrario, aproveite cada segundo nas ultimas semanas em casa para curtir ainda mais os prazeres da livre demanda e aumentar seu estoque de LM. A adaptação ao novo cuidador será mais fácil se o bebê estiver emocionalmente estável, e a adaptação à nova rotina será menos impactante no crescimento e desenvolvimento do bebê se ele estiver nutricionalmente ótimo - limitar a demanda só vai trazer instabilidade emocional e arriscará a boa nutrição de seu filho.
Meu bebê irá mudar seu comportamento?
Provavelmente sim, pode ficar mais grudado em você ou o oposto disso, parecer não se importar quando você volta para casa, ambas as situações são normais - de qualquer forma capriche na livre demanda quando estiver com ele. Lembre que amamentar implica também uma fusão emocional, com o que seus medos e inseguranças podem ser transmitidos e manifestados pelo bebê - se for preciso converse com ele, mesmo que ele seja pequeno e não entenda sua linguagem ele entenderá e se solidarizará com seus sentimentos. Falar fará bem para você, exteriorizar os seus sentimentos é uma forma de validá-los.
Seu filho será exposto a um novo ambiente, seja na creche ou seja pela presença de uma nova pessoa no seu lar, ele pode ficar doente com resfriado ou qualquer outra virose comum, o sistema imune do bebê crescerá e gerará defensas novas para se adaptar à novidade. Não fique arrasada, faz parte do desenvolvimento imunológico, o seu LM ajudará a fortalecer e desenvolver as defensas mais rapidamente.
Veja:
Quando a mãe trabalha fora
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2013/11/quando-mae-trabalha-fora-por-carlos.html
A resposta das crianças às separações
https://www.facebook.com/ notes/ soluções-para-noites-sem-ch oro/ a-resposta-das-crianças-à-s eparação/480764538614627
Retorno ao trabalho: e o sono do bebê, como fica? https://www.facebook.com/ notes/ soluções-para-noites-sem-ch oro/ retorno-ao-trabalho-e-o-son o-do-bebê-como-fica/ 277615025596247
A Fusão Emocional - Laura Gutman
https://www.facebook.com/ notes/ grupo-virtual-de-amamentaçã o-gva/ a-fusão-emocional-laura-gut man/497583293691285
Quando a mãe trabalha fora
http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2013/11/quando-mae-trabalha-fora-por-carlos.html
A resposta das crianças às separações
https://www.facebook.com/
Retorno ao trabalho: e o sono do bebê, como fica? https://www.facebook.com/
A Fusão Emocional - Laura Gutman
https://www.facebook.com/
Introdução de Alimentos e leita artificial na volta ao trabalho - é necessário?
Devo acostumá-lo com outros alimentos porque vou começar a trabalhar?Os alimentos que começam ser introduzidos com 6 meses são COMPLEMENTARES eles não vão substituir o LM, ele continua sendo o principal alimento do bebê até 1 ano, então adiantar a introdução alimentar não vai fazer diferença para você, e o fato dele comer não irá diminuir a quantidade de LM que ele precisa, mas sim fará muita diferença para o bebê - ele pode não aceitar ou aceitar pouco. Geralmente com a introdução alimentar o ganho de peso dá uma freada abrupta, até o corpo do bebê se adaptar. Uma introdução de alimentos precoce ou acelerada (que começa substituir LM) pode levar a um desmame precoce e comprometer o estado nutricional do bebê também.
Devo introduzir LA para ir se acostumando?
Não, se você se organizar poderá ordenhar o seu LM para ele tomar na sua ausência. Veja os tópicos sobre ordenha e armazenamento de LM.
Não, se você se organizar poderá ordenhar o seu LM para ele tomar na sua ausência. Veja os tópicos sobre ordenha e armazenamento de LM.
Porque mantê-lo só no LM?Porque o LM é o melhor alimento para seu bebê, é o único alimento completo nutricionalmente, além de oferecer um enorme número de agentes imunológicos que nenhuma fórmula é capaz de oferecer.
Seis razões para esperar 6 meses para introduzir sólidoshttp://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2013/09/6-razoes-para-esperar-6-meses-para.html
sábado, 1 de agosto de 2015
Adaptação a um novo cuidador em 4 passos
Por:Tracy G. Cassels
Tradução e adaptação: Gabriela de O. M. da Silva
Link para o original: http://evolutionaryparenting.com/transition-to-a-new-caregiver/
Uma das coisas mais difíceis para os pais fazerem é deixar o bebê nas mãos de outra pessoa. Mesmo quando esse outro, é alguém da família. Separar-se do bebê, pela razão que for, pode ser muito difícil, e quando o tempo de separação precisa ser longo (um dia de trabalho, por exemplo), fica mais complicado ainda. Uma parte disso vem do fato de ser muito comum ouvirmos histórias de bebês que começam a gritar, chorando, assim que os pais saem. Ao final do dia descobre-se que passaram horas gritando, até finalmente desistirem. Os cuidadores sempre afirmam que é comum e vai passar, mas muitos de nós temos a preocupação com o que vai acontecer com a confiança que nossos filhos depositam em nós. Algumas crianças se adaptam rapidamente, sem muitos problemas, mas outros sofrem bastante e nós, enquanto pais, pressentimos o que vai acontecer antes mesmo de começarem esses períodos de separação. E isso pode gerar muito estresse para nós e nossos filhos.
Mas o que podemos fazer? Vou indicar quatro passos que os pais podem seguir a fim de ajudar na adaptação dos bebês a um novo cuidador. [Estas sugestões podem não funcionar para todos, especialmente se o bebê está passando por uma fase forte de ansiedade da separação, então nesse caso cabe a cada família decidir como levar em conta suas necessidades e as necessidades do bebê.] Os passos partem do pressuposto de que você vai ter um cuidador em casa ou encontrou uma creche que permite sua presença por uma boa quantidade de horas durante algumas semanas, ajudando na adaptação. Nem todas as creches permitem isso(infelizmente). Se você tem uma criança que reage bastante às separações, seria bom ter isso como critério na hora de escolher a creche, se possível.
1º passo:Todos juntos
Um dos passos mais importantes para que sua criança sinta-se confortável é garantir que haverá uma exposição ao novo cuidador, estando você junto com ela. Conforme essa nova pessoa se torna uma presença constante na vida do bebê, ele tem mais chances de sentir-se confortável sob os cuidados dela quando você estiver ausente.
Obviamente,o tempo que demora para que isso ocorra varia de uma criança para outra, então quanto mais cedo começarem, melhor. A alimentação é uma das formas que você pode usar para ajudar nessa transição, principalmente se o cuidador vai alimentar o bebê na sua ausência. Se você amamenta e vai deixar leite materno ordenhado, você pode observar como o bebê reage ao ser alimentado pelo cuidador, mesmo que para isso você comece segurando-o no seu colo, e o cuidador oferecendo o leite (ou vice-versa).
Outras dicas que ajudam: ter a presença do cuidador enquanto você troca a roupa ou a fralda do bebê, e tentar que essa pessoa faça a troca por algumas vezes na sua presença; deixar que o cuidador o segure no colo enquanto você estiver por perto pelo tempo que o bebê permitir; e deixar que o cuidador tente acalmar seu bebê no próprio colo, apenas ouvindo sua voz, antes de devolvê-lo imediatamente para os seus braços.
2º passo: Separações rápidas até o cômodo ao lado
O próximo passo é tentar separações breves, de forma que seu bebê consiga escutar o som da sua voz explicando que está apenas indo ao cômodo ao lado e já vai voltar.Você pode ir aos poucos aumentando o tempo que permanece fora do campo de visão dele, mas sempre retorne assim que ele chamar por você. Comece com cinco minutos (ou menos, se necessário), e tente deixar a criança com o novo cuidador(em cuja presença ela já deve estar se sentindo confortável a essa altura),enquanto você sai do ambiente. Se em algum momento a criança chamar por você,volte imediatamente para confortá-la, e só tente repetir depois de um tempo (pelo menos meia hora) a separação. Vá aumentando os intervalos de tempo no ritmo que for mais confortável para você e o bebê, mas não aumente muito mais que 5 minutos a cada dia.
Além disso, você pode também começar a aumentar o tempo que demora para retornar quando a criança se mostra chateada. Nos primeiros dias, retorne imediatamente.Seu filho precisa acreditar fortemente que você sempre vai retornar para ficar com ele. Contudo, assim que começar a aumentar o tempo que fica no outro cômodo, você pode também aguardar um minuto para ver se o cuidador consegue acalmá-lo sem a sua presença. Contudo, não demore mais que alguns minutos, pois isso pode tornar negativa para o bebê a experiência de ficar com o cuidador, e assim tornar mais difícil o processo de criação de vínculo afetivo entre eles. Recomendo anotar o tempo que você consegue se distanciar. E tenha em mente que vão acontecer altos e baixos durante a adaptação, por isso não se assuste. Não é porque em um dia seu filho conseguiu ficar 10 minutos longe, e no dia seguinte apenas 5, que você vai pensar que não estão fazendo progressos, é apenas um solavanco na estrada.
3º passo: Separações rápidas, saindo de casa
Assim que você conseguir ficar longe por 30 minutos sem que seu filho o chame de volta,pode começar a sair de casa (ou permitir que a criança e o cuidador saiam para dar um volta, se for o caso do cuidador ser uma babá ou membro da família). Isso quer dizer que não conseguirá retornar imediatamente no caso da criança ficar triste e chamar por você. Explique isso a ele(a). Não importa o quão novinhos sejam, se você criar o hábito de explicar esse tipo de coisa desde cedo, vai ser bastante útil mais adiante, e se seu filho já puder entender mesmo que parcialmente, já vai ajudar. Algumas crianças irão se sentir melhor com um novo cuidador em um ambiente diferente, enquanto outras preferirão permanecer no mesmo ambiente (em casa, por exemplo). Você precisa saber como seu filho reage e fazer os arranjos adequados às necessidades dele(a) se for possível.
Mais uma vez, você vai aos poucos aumentando o tempo de separação, começando com os 30 minutos que vocês já conseguiam ficar longe dentro de casa. Isso permite ao novo cuidador ter tempo para acalmar acriança no caso de ficar chateada ou começar a chorar. Recomendo sempre que você esteja com um telefone à mão para conseguir ser alcançado. Se o bebê começar a ficar histérico, é melhor dirigir-se diretamente a ele: deixe que o cuidador coloque seu filho no telefone para que você possa explicar que está voltando imediatamente. Se isso acontecer, não tente sair novamente naquele dia, deixe para o dia seguinte, e permaneça ao lado do cuidador por um tempo extra, permitindo que a criança se acalme e fique novamente segura na presença dele. Mais uma vez, pode haver altos e baixos no processo, e a melhor coisa que você pode fazer para a sensação de segurança do seu bebê, é estar por perto e atendê-lo assim que precisar de você. Antes de ir para o passo número 4, você já deve estar conseguido ficar longe por pelo menos metade do tempo em que ficará no trabalho.
4ºPasso: Separações longas, mas podendo retornar rapidamente
Assim que vocês conseguirem passar metade do tempo do seu dia de trabalho com poucas dificuldades, você pode começar a tentar aumentar o tempo de separação para o horário integral. Contudo, o fundamental é que você possa retornar rapidamente caso algo dê errado. Tenha certeza de que não ficará em um local a 1 hora de distância, mas sim de preferência 10 minutos apenas, para que o cuidador consiga entrar em contato caso seu filho fique chateado.
A chave para o sucesso dessa etapa é garantir que você irá responder ao chamado do bebê o mais rápido possível nesse período de longa ausência. Provavelmente você não vai conseguir fazer isso sempre assim que voltar ao trabalho, então é preciso construir na criança esse senso de segurança. Além disso, ele vai aprender que o cuidador vai conseguir trazer de volta a mamãe ou o papai quando for mesmo necessário, e isso pode ajudar a fortalecer o vínculo de confiança entre eles. Mas ao final desta fase (que pode não demorar muito, ou demorar uma semana ou mais), seu filho deve sentir-se seguro e confiante com o novo cuidador, e seguro e confiante de que você enquanto pai ou mãe ainda estarão presentes quando for extremamente necessário para ele.
***
O ponto principal nessa adaptação é seguir o ritmo da criança, oferecendo sempre segurança e evitando levá-los para muito longe da zona de conforto. Eles já estão sendo forçados a ficar um pouco mais distante do que é mais seguro para eles, o que é normal (afinal de contas, é isso que desenvolver qualquer habilidade requer),mas ir muito longe ou muito rápido pode ser traumático. Permitir que a própria criança dê os passos necessários para o seu conforto em um ambiente diferente,pode facilitar bastante a situação para todos.
Reforço que sei que isso pode não ser possível sempre. Ou necessário. Algumas crianças simplesmente se adaptam muito mais rápido que outras e demoram poucos dias para se acostumarem a alguém diferente. Ótimo! Isso é para as crianças que não se encontram nessa situação. Contudo, o problema dessa possibilidade é a questão central. Frequentemente as creches não querem a presença dos pais, e têm a crença equivocada de que as crianças se adaptam rapidamente, mas sabemos que isso não é o caso de muitas crianças que começam a mostrar aumento na resposta ao estresse em ambientes de creche de período integral, mesmo depois que chegam na fase de parar de chorar.[1][2]. Crianças com apego seguro aos pais não mostram essas respostas ao estresse quando um deles está presente na fase de adaptação, mas essas respostas aparecem assim que o responsável precisa ir embora (nesses estudos o período de adaptação era de 3 dias). Por isso um período mais longo de adaptação pode ajudar. Se possível, procure uma creche que ofereça essa possibilidade, ou uma babá que possa fazer esse tipo de adaptação caso necessário.
Outro problema é que muitas famílias simplesmente não têm o tempo necessário para aplicar esses quatro passos, já que duram um período de tempo extenso. Isso é uma questão predominante nos Estados Unidos, onde as licenças podem ser de 6 semanas (ou ainda mais curtas). Não há tempo para se conectar e depois fazer uma adaptação. De certa forma, bebês tão novinhos se adaptam a novos cuidadores facilmente, então a dificuldade passa a ser encontrar um ótimo cuidador. A grande maioria das creches nos Estados Unidos não são boas, infelizmente, e não proporcionam a atenção individualizada de que os bebês pequenos precisam. O outro lado disso, é a luta por licenças maternidade mais longas.
Independente da sua situação, o mais importante é encontrar um cuidador em que você confie e que trate seu bebê com amor e respeito. Isso pode significar que ele(a) irá te ligar várias vezes durante as primeiras etapas, mas é parte da adaptação e de ajudar seu filho a saber que você estará por perto quando for necessário. Há excelentes cuidadores por aí, só é preciso procurar um pouco! Boa sorte!
[1] Ahnert L, Gunnar MR, LambME, Barthel M. Transition to child care: associations with infant-motherattachment, infant negative emotion, and cortisol elevations. ChildDevelopment 2004; 75: 639-650.
[2] Watamura SE, Donzella B,Alwin J, Gunnar MR. Morning-to-afternoon increases in cortisolconcentrations for infants and toddlers at child care: age differences andbehavioral correlates. Child Development 2003; 74: 1006-1020.
Tradução e adaptação: Gabriela de O. M. da Silva
Link para o original: http://evolutionaryparenting.com/transition-to-a-new-caregiver/
Uma das coisas mais difíceis para os pais fazerem é deixar o bebê nas mãos de outra pessoa. Mesmo quando esse outro, é alguém da família. Separar-se do bebê, pela razão que for, pode ser muito difícil, e quando o tempo de separação precisa ser longo (um dia de trabalho, por exemplo), fica mais complicado ainda. Uma parte disso vem do fato de ser muito comum ouvirmos histórias de bebês que começam a gritar, chorando, assim que os pais saem. Ao final do dia descobre-se que passaram horas gritando, até finalmente desistirem. Os cuidadores sempre afirmam que é comum e vai passar, mas muitos de nós temos a preocupação com o que vai acontecer com a confiança que nossos filhos depositam em nós. Algumas crianças se adaptam rapidamente, sem muitos problemas, mas outros sofrem bastante e nós, enquanto pais, pressentimos o que vai acontecer antes mesmo de começarem esses períodos de separação. E isso pode gerar muito estresse para nós e nossos filhos.
Mas o que podemos fazer? Vou indicar quatro passos que os pais podem seguir a fim de ajudar na adaptação dos bebês a um novo cuidador. [Estas sugestões podem não funcionar para todos, especialmente se o bebê está passando por uma fase forte de ansiedade da separação, então nesse caso cabe a cada família decidir como levar em conta suas necessidades e as necessidades do bebê.] Os passos partem do pressuposto de que você vai ter um cuidador em casa ou encontrou uma creche que permite sua presença por uma boa quantidade de horas durante algumas semanas, ajudando na adaptação. Nem todas as creches permitem isso(infelizmente). Se você tem uma criança que reage bastante às separações, seria bom ter isso como critério na hora de escolher a creche, se possível.
1º passo:Todos juntos
Um dos passos mais importantes para que sua criança sinta-se confortável é garantir que haverá uma exposição ao novo cuidador, estando você junto com ela. Conforme essa nova pessoa se torna uma presença constante na vida do bebê, ele tem mais chances de sentir-se confortável sob os cuidados dela quando você estiver ausente.
Obviamente,o tempo que demora para que isso ocorra varia de uma criança para outra, então quanto mais cedo começarem, melhor. A alimentação é uma das formas que você pode usar para ajudar nessa transição, principalmente se o cuidador vai alimentar o bebê na sua ausência. Se você amamenta e vai deixar leite materno ordenhado, você pode observar como o bebê reage ao ser alimentado pelo cuidador, mesmo que para isso você comece segurando-o no seu colo, e o cuidador oferecendo o leite (ou vice-versa).
Outras dicas que ajudam: ter a presença do cuidador enquanto você troca a roupa ou a fralda do bebê, e tentar que essa pessoa faça a troca por algumas vezes na sua presença; deixar que o cuidador o segure no colo enquanto você estiver por perto pelo tempo que o bebê permitir; e deixar que o cuidador tente acalmar seu bebê no próprio colo, apenas ouvindo sua voz, antes de devolvê-lo imediatamente para os seus braços.
2º passo: Separações rápidas até o cômodo ao lado
O próximo passo é tentar separações breves, de forma que seu bebê consiga escutar o som da sua voz explicando que está apenas indo ao cômodo ao lado e já vai voltar.Você pode ir aos poucos aumentando o tempo que permanece fora do campo de visão dele, mas sempre retorne assim que ele chamar por você. Comece com cinco minutos (ou menos, se necessário), e tente deixar a criança com o novo cuidador(em cuja presença ela já deve estar se sentindo confortável a essa altura),enquanto você sai do ambiente. Se em algum momento a criança chamar por você,volte imediatamente para confortá-la, e só tente repetir depois de um tempo (pelo menos meia hora) a separação. Vá aumentando os intervalos de tempo no ritmo que for mais confortável para você e o bebê, mas não aumente muito mais que 5 minutos a cada dia.
Além disso, você pode também começar a aumentar o tempo que demora para retornar quando a criança se mostra chateada. Nos primeiros dias, retorne imediatamente.Seu filho precisa acreditar fortemente que você sempre vai retornar para ficar com ele. Contudo, assim que começar a aumentar o tempo que fica no outro cômodo, você pode também aguardar um minuto para ver se o cuidador consegue acalmá-lo sem a sua presença. Contudo, não demore mais que alguns minutos, pois isso pode tornar negativa para o bebê a experiência de ficar com o cuidador, e assim tornar mais difícil o processo de criação de vínculo afetivo entre eles. Recomendo anotar o tempo que você consegue se distanciar. E tenha em mente que vão acontecer altos e baixos durante a adaptação, por isso não se assuste. Não é porque em um dia seu filho conseguiu ficar 10 minutos longe, e no dia seguinte apenas 5, que você vai pensar que não estão fazendo progressos, é apenas um solavanco na estrada.
3º passo: Separações rápidas, saindo de casa
Assim que você conseguir ficar longe por 30 minutos sem que seu filho o chame de volta,pode começar a sair de casa (ou permitir que a criança e o cuidador saiam para dar um volta, se for o caso do cuidador ser uma babá ou membro da família). Isso quer dizer que não conseguirá retornar imediatamente no caso da criança ficar triste e chamar por você. Explique isso a ele(a). Não importa o quão novinhos sejam, se você criar o hábito de explicar esse tipo de coisa desde cedo, vai ser bastante útil mais adiante, e se seu filho já puder entender mesmo que parcialmente, já vai ajudar. Algumas crianças irão se sentir melhor com um novo cuidador em um ambiente diferente, enquanto outras preferirão permanecer no mesmo ambiente (em casa, por exemplo). Você precisa saber como seu filho reage e fazer os arranjos adequados às necessidades dele(a) se for possível.
Mais uma vez, você vai aos poucos aumentando o tempo de separação, começando com os 30 minutos que vocês já conseguiam ficar longe dentro de casa. Isso permite ao novo cuidador ter tempo para acalmar acriança no caso de ficar chateada ou começar a chorar. Recomendo sempre que você esteja com um telefone à mão para conseguir ser alcançado. Se o bebê começar a ficar histérico, é melhor dirigir-se diretamente a ele: deixe que o cuidador coloque seu filho no telefone para que você possa explicar que está voltando imediatamente. Se isso acontecer, não tente sair novamente naquele dia, deixe para o dia seguinte, e permaneça ao lado do cuidador por um tempo extra, permitindo que a criança se acalme e fique novamente segura na presença dele. Mais uma vez, pode haver altos e baixos no processo, e a melhor coisa que você pode fazer para a sensação de segurança do seu bebê, é estar por perto e atendê-lo assim que precisar de você. Antes de ir para o passo número 4, você já deve estar conseguido ficar longe por pelo menos metade do tempo em que ficará no trabalho.
4ºPasso: Separações longas, mas podendo retornar rapidamente
Assim que vocês conseguirem passar metade do tempo do seu dia de trabalho com poucas dificuldades, você pode começar a tentar aumentar o tempo de separação para o horário integral. Contudo, o fundamental é que você possa retornar rapidamente caso algo dê errado. Tenha certeza de que não ficará em um local a 1 hora de distância, mas sim de preferência 10 minutos apenas, para que o cuidador consiga entrar em contato caso seu filho fique chateado.
A chave para o sucesso dessa etapa é garantir que você irá responder ao chamado do bebê o mais rápido possível nesse período de longa ausência. Provavelmente você não vai conseguir fazer isso sempre assim que voltar ao trabalho, então é preciso construir na criança esse senso de segurança. Além disso, ele vai aprender que o cuidador vai conseguir trazer de volta a mamãe ou o papai quando for mesmo necessário, e isso pode ajudar a fortalecer o vínculo de confiança entre eles. Mas ao final desta fase (que pode não demorar muito, ou demorar uma semana ou mais), seu filho deve sentir-se seguro e confiante com o novo cuidador, e seguro e confiante de que você enquanto pai ou mãe ainda estarão presentes quando for extremamente necessário para ele.
***
O ponto principal nessa adaptação é seguir o ritmo da criança, oferecendo sempre segurança e evitando levá-los para muito longe da zona de conforto. Eles já estão sendo forçados a ficar um pouco mais distante do que é mais seguro para eles, o que é normal (afinal de contas, é isso que desenvolver qualquer habilidade requer),mas ir muito longe ou muito rápido pode ser traumático. Permitir que a própria criança dê os passos necessários para o seu conforto em um ambiente diferente,pode facilitar bastante a situação para todos.
Reforço que sei que isso pode não ser possível sempre. Ou necessário. Algumas crianças simplesmente se adaptam muito mais rápido que outras e demoram poucos dias para se acostumarem a alguém diferente. Ótimo! Isso é para as crianças que não se encontram nessa situação. Contudo, o problema dessa possibilidade é a questão central. Frequentemente as creches não querem a presença dos pais, e têm a crença equivocada de que as crianças se adaptam rapidamente, mas sabemos que isso não é o caso de muitas crianças que começam a mostrar aumento na resposta ao estresse em ambientes de creche de período integral, mesmo depois que chegam na fase de parar de chorar.[1][2]. Crianças com apego seguro aos pais não mostram essas respostas ao estresse quando um deles está presente na fase de adaptação, mas essas respostas aparecem assim que o responsável precisa ir embora (nesses estudos o período de adaptação era de 3 dias). Por isso um período mais longo de adaptação pode ajudar. Se possível, procure uma creche que ofereça essa possibilidade, ou uma babá que possa fazer esse tipo de adaptação caso necessário.
Outro problema é que muitas famílias simplesmente não têm o tempo necessário para aplicar esses quatro passos, já que duram um período de tempo extenso. Isso é uma questão predominante nos Estados Unidos, onde as licenças podem ser de 6 semanas (ou ainda mais curtas). Não há tempo para se conectar e depois fazer uma adaptação. De certa forma, bebês tão novinhos se adaptam a novos cuidadores facilmente, então a dificuldade passa a ser encontrar um ótimo cuidador. A grande maioria das creches nos Estados Unidos não são boas, infelizmente, e não proporcionam a atenção individualizada de que os bebês pequenos precisam. O outro lado disso, é a luta por licenças maternidade mais longas.
Independente da sua situação, o mais importante é encontrar um cuidador em que você confie e que trate seu bebê com amor e respeito. Isso pode significar que ele(a) irá te ligar várias vezes durante as primeiras etapas, mas é parte da adaptação e de ajudar seu filho a saber que você estará por perto quando for necessário. Há excelentes cuidadores por aí, só é preciso procurar um pouco! Boa sorte!
[1] Ahnert L, Gunnar MR, LambME, Barthel M. Transition to child care: associations with infant-motherattachment, infant negative emotion, and cortisol elevations. ChildDevelopment 2004; 75: 639-650.
[2] Watamura SE, Donzella B,Alwin J, Gunnar MR. Morning-to-afternoon increases in cortisolconcentrations for infants and toddlers at child care: age differences andbehavioral correlates. Child Development 2003; 74: 1006-1020.
sábado, 30 de novembro de 2013
Como ordenhar leite materno manualmente
Preparação:
- Lave bem as mãos;
- Se possível, ordenhe o leite em um local silencioso e tranquilo. Imagine-se num local agradável e tenha bons pensamentos em relação a seu filho. Sua capacidade de relaxar-se ajudará a obter um melhor reflexo de ejeção de leite;
Retirando o leite
- Faça uma massagem circular, segure o seio com uma mão e massageei com a outra. Se o peito estiver com aspecto de muito cheio, comece a massagem ao redor do mamilo, usando as pontas dos dedos para fazer movimentos circulares e firmes, porém sem apertar, em seguida vá subindo para a mama toda. Seguida de outra, de trás para frente, até o mamilo;
- Ordenhe o leite para um recipiente limpo de plástico duro ou vidro;
- Coloque o polegar sobre a mama, onde termina a aréola e os outros dedos por debaixo também, na borda da aréola;
- Comprima contra as costelas e também entre o polegar e o indicador, por detrás da aréola;
- Repita o movimento de forma rítmica, rodando a posição dos dedos ao redor da aréola para esvaziar todas as áreas;
- Alterne as mamas a cada 5 minutos ou quando diminuir o fluxo de leite (lembre-se de repetir a massagem e repetir o ciclo várias vezes);
- A quantidade de leite que se obtém em cada extração pode variar (não é raro que isto aconteça).
Atenção: Não faça isso:
1. Não aperte o mamilo, pois pode machucá-lo;
2. Passar as mãos por todo o seio, "escorregando" ou "esfregando", pode machucar a pele;
3. Não puxe o mamilo pois pode machucá-lo.
Depois da Extração:
- Depois da ordenha, passe umas gotas de leite nos mamilos e deixe-os secar ao ar livre.
- A aparência do leite que se extrai cada vez é variável. Ao princípio pode ser claro e depois do reflexo de ejeção mais branco, ou não! Alguns medicamentos, alimentos ou vitaminas podem mudar levemente a cor do leite. Não se preocupe com isso.
- As gorduras do leite costumam se separar do restante do leito ao guardá-lo.
- Imediatamente depois de ordenhar, feche o frasco e marque numa etiqueta a data, hora e quantidade.
Não desanime! A extração manual requer técnica, prática e rotina. Seja paciente!
Fonte: Wellstart International - Hand
expression of Breastmilk (Tradução: Marcus Renato de Carvalho) e Manual
Expression of Breastmilk: Marmet Technique by Chele Marmet and The Lactation
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